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Muita gente odeia os americanos. Muita gente critica cada movimento dos E.U.A. como parte de um jogo malévolo de dominação mundial e de uma esperteza maquiavélica para estender seus tentáculos mundo a fora e sufocar todas as nações que ousem atravessar o seu caminho.
E pode até ser verdade. Mas é engraçado observar as diferenças gritantes entre as mentalidades do corpo político de lá e daqui; bem como as diferenças do sistema político e judicial estadunidense.
Enquanto por lá Obama lança um pacote de ajuda contra a crise que vai investir maciçamente no corte de impostos, socorro aos endividados e na ampliação da infraestrutura americana (o que obviamente gerará milhares de empregos); por aqui nosso governo “pró-trabalhador” investe uma fortuna ampliando a concessão de esmolas e desestimulando a criação de empregos através de juros altíssimos e do corte de gastos com os investimentos em obras de infraestrutura. É interessante entender que essas obras iriam justamente favorecer os trabalhadores mais humildes (construção civil) e garantir que as empresas obtivessem uma redução no tão alardeado “Custo Brasil”.
O optar pela concessão de esmolas, ao invés de fomentar a melhoria da condição de vida dos pobres através de um emprego digno e de obras que reduzirão os impactos dos custos operacionais de toda a cadeia produtiva brasileira e, conseqüentemente, melhorarão as condições para a recuperação de postos de trabalho e criarão um círculo virtuoso na economia; o governo opta por estender a rede que garante a manutenção de uma base votante que teme perder os benefícios.
A verdade que parece brotar das brumas dessa medida é uma só: A preferência pela garantia de uma legião de votantes para as eleições de 2010; e que se dane o país e o que virá depois.
Além de favorecer a dependência do cidadão da esmola governamental e de impedir que uma onda de benefícios saudáveis se propague pela cadeia econômica brasileira e liberte seus cidadãos dessa dependência funesta e que tira a dignidade do humilde trabalhador e que acaba viciando o beneficiário a manter-se na pobreza para ganhar sem trabalhar.
Uma outra diferença que salta aos olhos; pode ser percebida na rápida punição do governador de Illinois, que perdeu o cargo apenas um mês e vinte dias depois de ser desmascarado pelo FBI (a Polícia Federal de lá). E, certamente, o mesmo político enfrentará um rápido julgamento e pesadas multas e punições num futuro bem próximo. E o melhor de tudo; sua carreira política está acabada (como aconteceu com tantos outros por lá). Pois, mesmo a corrupção sendo um mau do homem, a impunidade é o seu fomento; e a punição rápida e firme o seu freio.
Enquanto isso; por aqui os mesmos corruptos de sempre, denunciados e desmascarados diversas vezes são tratados com enorme deferência e chamados por todos de “Vossas Excelências”.
Há mesmo muitas diferenças…
Pense nisso.
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AS DIFERENÇAS, OS DIFERENTES E AS DEFERÊNCIAS.
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