Tenho acompanhado quase que constantemente casos de menores que matam, estupram e roubam. Tendo dado uma atenção especial aos estupros. Um crime, claro como qualquer outro, mas que acaba por gerar uma lesão incurável em suas vitimas.
A semelhança entre esses diversos casos analisados, é o seu desfecho: o menor infrator é defendido pelo seu estatuto sendo apenas submetido a um programa de reeducação, sem a possibilidade de punição diante das grades de uma prisão.
É uma trajetória alucinante que o Brasil segue aonde se chega a uma parada onde a sociedade em geral briga contra o menor de idade delinqüente, já sabendo que será nocauteada.
Para lei, não existe nenhum criminoso abaixo dos 18 anos. São apenas crianças que não tiveram uma boa educação e acabaram por serem obrigadas a entrar pro crime. É a santificação do diabo. É a politização da violência.
Jamais defenderei a ilegalidade, muito menos a desigualdade de direitos. Matou? Estuprou? É crime! E por mais que se justifique ter sido cometido por um menor supostamente marginalizado pela sociedade, o delinqüente por isso, não deixa de ser delinqüente.
Se um dia tivermos que ir atrás dos culpados pelo recrudescimento do crime cometido por jovens menores, não os acharemos na sociedade propriamente dita, mas sim em uma instituição da lei: Estatuto da Criança e do Adolescente – onde estão os advogados do diabo.