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Um dos maiores absurdos brasileiros e a causa de muitos males de nosso povo é a mentalidade que as autoridades (e alguns cidadãos) têm de não cumprir as leis. O famoso “jeitinho brasileiro” e a estranha capacidade de adiar coisas esperando que uma providência “caia do céu” é ago que foi elevado a “estado da arte” por nossa “civilização”.
A descarada falta de vontade do presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia de cumprir ações judiciais (tanto no caso do nepotismo quanto agora no caso da fidelidade partidária), deixou bem claro o que todos estamos carecas de saber: Nossas autoridades detestam cumprir as leis quando elas prejudicam seus interesses ou os interesses de seus apadrinhados.
Com o desrespeito descarado a decisão do TSE que ordenara a perda do mandato do deputado Walter Brito Neto (PRB-PB) e um recurso, junto ao STF, que sabidamente seria recusado e tinha apenas o caráter protelatório a Câmara dos Deputados mais uma vez mostra a sua face para o povo brasileiro e declara que as leis e as determinações judiciais só devem ser aplicadas quando convém.
Caberia uma investigação dos motivos e da extrema importância que este obscuro deputado federal tem para o senhor Arlindo Chinaglia. Por que a luta ferrenha para que o mandato do jovem sorridente e cara-de-pau; chegue até o ano que vem? Qual o verdadeiro objetivo de se descumprir uma ordem judicial clara e cujo recurso que ainda resta será repelido por unanimidade como o anterior (a não ser que os juízes do STF sejam completamente incoerentes).
Agora, diante de uma posição eficaz e grandemente positiva do TSE, Arlindo Chinaglia estará intimado, assim que for localizado, a botar para correr o infiel e dar posse ao real dono da vaga de deputado federal. Resta saber se Chinaglia aparecerá e se será localizado a tempo. Já que o recesso parlamentar começa na sexta-feira.
Teremos, então, a oportunidade de perceber a lisura que rege a vida de Chinaglia. Se ele “passar mal”, “desaparecer de repente” ou for abduzido por alienígenas até sexta-feira; saberemos que realmente há algo de muito podre por trás disso tudo. E, digo mais, algo que justifique e valha a pena o risco de descumprir uma ordem de uma Corte Suprema.
Vamos esperar o desenlace desse estranho fato e ver se nossos juízes têm mesmo peito de enfrentar deputados malandros e um presidente da Câmara Federal recalcitrante.
Pense nisso.
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ABSURDOS BRASILEIROS, DEPUTADOS MALANDROS E UMA JUSTIÇA ATENTA.
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