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O mundo acordou nesse final de semana com mais uma ameaça de pandemia pairando sobre ele. Em todas as grandes nações do mundo, medidas enérgicas foram tomadas e aviões, navios e todos os meios de transporte que se originem de países onde há casos comprovados da doença. A desinfecção de tudo o que sai desses meios de transporte é a providência mínima tomada.
Em alguns países, câmaras acopladas a sensores térmicos foram espalhadas nas áreas de desembarque dos aeroportos, como forma de identificar rapidamente pessoas que apresentem elevação da temperatura corporal que, rapidamente, são conduzidas para áreas de quarentena e se for o caso tratamento.
Luta-se, em toda parte, para impedir que o mal atinja uma proporção mais grave do que a já atingida. Todas as autoridades se empenham ao máximo para eliminar os possíveis focos de contágio e reduzir os riscos de seus cidadãos sejam atacadas por essa doença.
Mas; e no Brasil?
Por aqui, constantemente se fala na TV que os aeroportos estão sendo monitorados e que passageiros estão recebendo informações quanto às providências a serem tomadas no caso de surgirem alguns dos sintomas da gripe suína. Mas a realidade é bem diferente.
Com a inoperância e com a incompetência normal de uma nação que não funciona em finais de semana e em feriadões, onde o ponto facultativo é uma praxe no funcionalismo público, a ANVISA só começará a tomar providências nesta terça-feira.
Apenas a desinfecção dos aviões foi feita. Mas, bagagens e passageiros desembarcaram incólumes e sem qualquer acompanhamento. Mesmo as pessoas que vieram de áreas assoladas pela gripe suína, com centenas de mortes já registradas, entraram livremente em nosso país sem qualquer inspeção, cuidado ou informação.
O resultado não poderia ser outro: Nada mais que onze casos suspeitos já se encontram espalhados pelo gigantesco território brasileiro; embalados pela ineficiência e inoperância absoluta de nossas autoridades sanitárias. São apenas onze alguns podem dizer. Mas, ao serem confirmados, como será possível rastrear todos os lugares e pessoas com os quais tiveram contato? Como analisar se estavam contagiosos quando entraram em nosso território? Quem responderá se a epidemia chegar até nós pela tão conhecida mão da negligência criminosa de nossos governantes?
Provavelmente apenas os pobres doentes que acabarão morrendo penando em busca de algum tratamento nos hospitais lotados e repletos de moribundos, vítimas de outras enfermidades e da eterna gripe bovina que transforma todos em gado manso e obediente.
Infelizmente, da mesma forma que aconteceu em relação à crise internacional, o governo “pede a Deus” que nos proteja e evita cumprir o seu papel que é agir e coordenar, de forma eficiente e rápida, medidas que protejam seus cidadãos e o povo que está sob sua guarda.
Mas, será pedir demais?
Pense nisso.
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