ESN: 16675-080201-838850-87
É em momentos cruciais de uma nação que podemos perceber, claramente, as diferenças entre um povo alienado e uma população atuante. E, se você não acha que o Brasil vive um momento crucial em sua história; você está muito enganado meu amigo leitor.
A exemplo da campanha de desinformação promovida pelos meios de comunicação durante a divulgação da lei seca; onde até bombom e enxaguante bucal viraram “motivos” para que o cidadão fosse para a cadeia. Um claro absurdo tentando elevar o clamor público contra a nova lei através dos cordões manipulados pelos anunciantes de bebidas que temiam perder mercado. Hoje; quando um dos mais importantes depoimentos foi dado na comissão do senado que investiga os grampos telefônicos; todos os canais de noticiário mostravam… esportes.
Que as Olimpíadas são importantes e interessantes; tudo bem. É o nosso dinheiro que está por lá também. Contudo, muito mais importante seria poder acompanhar o depoimento de Daniel Dantas e perceber como se comportam os parlamentares; bem como o “nível de pressão” aplicado sobre o banqueiro.
Mas quem esperava poder assistir isso, se enganou redondamente. Mais estranhamente ainda, nem a própria TV Senado transmitiu o depoimento que ficou “meio reservado” apenas para os parlamentares e alguns repórteres. Mesmo nos noticiários ao longo da tarde e da noite; nada mais que uma “leve menção” ao depoimento sem qualquer profundidade. De notícias; só mesmo olimpíadas e as corriqueiras “desgraças cotidianas”.
Mas lendo detalhes do depoimento nos jornais e na Internet; ficou claro que foi um verdadeiro festival folclórico e de inúmeras “estórias do Boitatá” contadas por Dantas e engolidas com arroz e feijão pelos parlamentares que muito pouco o questionaram.
Como, por exemplo, ao ser perguntado se foi o responsável pelas escutas clandestinas realizadas pela Kroll. Quem contratou a empresa foi a Brasil Telecom. Estranhamente, ninguém levantou a hipótese óbvia: “Mas o senhor não era o controlador da Brasil Telecom?”
Outra ”estória da Carochinha” foi à negação da tentativa de suborno por parte de seus “braços direitos” ao delegado Protógenes Queiroz. Dantas afirmou com a maior “cara lavada” que não participou do suborno e que o dinheiro encontrado com Chicaroni não era do grupo Oportunitty. Mais uma vez, faltou alguém se levantar e perguntar: “Então como um professor poderia ter um milhão de dólares em dinheiro nas mãos?”
Certamente essas respostas, na hipótese improvável de serem proferidas, não interessariam a ninguém. Já que as investigações da Polícia Federal deixaram claro que o banqueiro estendeu seus tentáculos tanto pelo atual governo; quanto pelo passado. Sendo uma verdadeira “caixa preta” da corrupção institucional brasileira.
A possível “luz no fim do túnel” que brilhou no dia; foi o projeto de emenda constitucional apresentado pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Pelo projeto, o candidato depois de eleito, poderá ser julgado por “quebra do decoro” levando-se em consideração os crimes que tenha cometido ANTES da diplomação. O que hoje é impossível. Eis um trecho da emenda apresentada: “Tal como qualquer instituição, a honra desta Casa é o resultado da atuação de cada um de seus membros e, assim, da natureza político-institucional dos seus mandatos, que resultam do voto popular. Dessarte, os senadores e seus suplentes devem atender às exigências inerentes ao exercício parlamentar, especialmente, servir de exemplo aos cidadãos do País em termos de retidão moral.”
Faça a sua parte e exija do senador do seu estado que ele apóie e vote favoravelmente a proposta.
Pense nisso.
Leia o texto da emenda AQUI.
Acompanhe o andamento AQUI.
Cobre do senador do seu estado <a href=”http://www.senado.gov.br/sf/senadores/senadores_atual.asp?o=3&u=*&p=*”
Só depende de você.
alienação, arthur, boitatá, candidatos, congresso, cpi, daniel, dantas, ficha, pec, povo, projeto, psdb, suja, túnel, virgilio
a