O Reinaldo Azevedo é cansativo, eu sei. Discordo muito dele em algumas questões, mas aí o cara escreve um texto desses e… eu preciso citá-lo:
Ora, é claro que há uma porção de coisas alheias à nossa vontade. A vida tem leis que não fizemos, uma história que nos antecede e está sujeita, felizmente, ao inesperado. Vocês acham que não sei disso?
Acho que é o caso de reler o post. A minha questão é outra: apesar disso tudo, a despeito disso tudo – ou, se quiserem, por causa disso tudo -, cabe-nos uma arbitragem que costuma ser bem maior do que supomos. O que propus foi uma postura, digamos, moral: que o sujeito se veja menos como vítima de circunstâncias que não são de sua escolha e mais como pessoa que pode interferir no próprio destino. Isso me parece, se querem saber, óbvio, quase aborrecido.
“Vale para quem mora na Viera Souto e para quem mora na Rocinha?” Sim. O que não se pode mudar é ter nascido num barraco na Rocinha ou numa cobertura na Vieira Souto. O diabo é que as pessoas costuma confundir passado com destino.
O destino só se conjuga no futuro.