O Conselho Federal de Psicologia pune com censura pública a psicóloga do Rio de Janeiro, Rozângela Alves Justino.
A psicóloga Rozângela Alves Justino afirma curar pessoas homossexuais que, segundo ela, procuram auxilio voluntariamente. O comportamento da psicóloga vai contra a Resolução CFP n° 01/99 que afirma: “A homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”.
Segundo o jornal do CRP SP, número 150 de janeiro/março de 2007, “a resolução contribui para a eliminação do preconceito e a aceitação da diversidade sexual humana, que se torna obrigatória para os psicólogos. Representa também um recado para a sociedade ao anunciar um claro posicionamento do Sistema Conselhos de Psicologia a respeito do assunto, que se relaciona com os princípios básicos do Código de Ética, dentre os quais destacam-se:
I – O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
II – O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e da coletividade e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (os grifos são meus).
Em minha opinião a punição do CFP está sendo muito branda a uma pessoa que diz ser profissional da área da saúde e estudar tanto sobre a homossexualidade, mas esquece de estudar os livros mais importantes para a promoção da saúde e a profissão da psicologia.
Parece-me que a “profissional” esqueceu que a função do psicólogo não é ser o fator determinante de mudança e sim um meio para as pessoas possam se compreender melhor e se aceitarem para que possam buscar a própria felicidade. Sendo a psicologia então uma atividade de meios e não de fins. Coloco a felicidade aqui, não apenas como sentimento, mas sim como estado de espírito.
Não seriam necessários anos de estudos e prática para observar nos escritos de Freud e quaisquer outros teóricos da psicologia, que a orientação da libido a um objeto, seja ele do mesmo sexo ou não, nunca foi considerada patológica, ou seja, o comportamento homossexual ou heterossexual nunca foi enquadrado como mais ou menos adequado. Em seu ensaio de 1920 “A Psicogênese de um Caso de Homossexualismo numa Mulher”, Freud afirma: “Não compete à psicanálise solucionar o problema do homossexualismo. Ela deve contentar-se com revelar os mecanismos psíquicos que culminaram na determinação da escolha de objeto, e remontar os caminhos que levam deles até as disposições instintuais” (pág. 211).
A psicologia hoje é totalmente complacente em pesquisas e estudos de novas práticas de atuação, mas o que não dá para admitir é o fato de não existir estudos comprobatórios sobre a cura da homossexualidade e pelo contrário, existir resoluções e decretos que garantem o livre arbítrio das pessoas em sua orientação sexual e ainda assim termos em nossa comunidade profissional, pessoas que afirmam desligar o interruptor da homossexualidade e prometendo cura de algo não curável.