A Guarda Municipal, órgão da Secretaria dos Assuntos de Segurança da Prefeitura de Barueri, realizou na manhã de quarta-feira, 15, palestra sobre drogas ilícitas, na empresa Ibratec, sediada no Jardim Belval. O encontro reuniu os funcionários no refeitório da empresa.
O guarda municipal Pedro Ernesto Mascarenhas afirmou que muitos jovens experimentam drogas para fugirem da realidade ou por pressão de grupos. “Eles têm a necessidade de serem aceitos em seus grupos. A informação é a única vacina que previne o uso de drogas, ela quebra as expectativas”, salientou.
Ele explicou a diferença entre os tipos de droga. “As depressoras diminuem a atividade cerebral, as estimulantes aumentam e as alucinógenas fazem com que o cérebro trabalhe de maneira diferente e cause delírios na mente de quem consome”, relatou Mascarenhas.
Entre as substâncias estimulantes estão algumas drogas sintéticas como o ecstasy, muito comum em baladas conhecidas como rave. “Os estímulos nervosos ficam mais rápidos, há uma sensação de euforia, por isso a necessidade de muitas luzes e batidas musicais em volume elevado”, comentou o palestrante. “Como os usuários perdem muito líquido, é comum nestas festas o consumo excessivo de água”.
Na sequência foi exibido vídeo que demonstrava a produção da pasta de coca (substância que origina a cocaína) com o incremento de cimento, soda cáustica, amônia, gasolina, cal e ácido sulfúrico. O guarda municipal informou que o crack é composto com restos deste processo e, quando fumado, atinge o sistema nervoso central em apenas dez segundos.
Os participantes viram de perto um cachimbo de narguilé e foram orientados que a substância não é inofensiva como pensam e pregam algumas pessoas. A palestra também mostrou que, em 2006, a legislação sobre o assunto foi alterada para descriminalizar os usuários de drogas ilícitas e aumentar a punição aos traficantes.
“As explicações atenderam ao nosso foco. A maioria dos nossos funcionários são pais e precisam preparar seus filhos para o momento em que serão apresentados às drogas”, destacou Daniel Cita, engenheiro ambiental da empresa. “Como pudemos ver, quem mais sofre é a família”, disse em referência ao último vídeo apresentado, que mostrava o drama de uma mãe ao encontrar morto o seu filho usuário de drogas.