Paulo Netho

Bobagem minha

Essa mãe é a minha amiga Sabrina com o seu Enrique A minha semana normalmente começa no sábado e acaba impreterivelmente no domingo. É que nestes dois dias é quando trabalho (recito poesias numa livraria). De segunda à sexta todos os dias são m...

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Dose dupla hoje

Esses são os meus amiguinhos da Escola Lua Encantada, que saudade!Meu nome é Psiu! este é o título da apresentações que realizo hoje na Livraria Saraiva do Eldorado e do Ibirapuera. No Shopping Eldorado começa às 14 horas e no Shopping Ibirapue...

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Recado para Bili

Oi Bili, Quanto tempo heim! Não procuro mais o seu rosto pelos ônibus lotados que trafegam na cidade. Tal hábito tornou-se inútil. A cidade ficou infernal. Sem você, não é a mesma. A cidade queimou as nossas brasas, cidade cinza. É outono na Am...

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Os cães dormiam

Foto: imotion.com.brHoje peguei um grito feliz de criança. Ele estava perdido no azul. Ecoava ali e acolá, o grito. Azulzinho estava o céu. Depois disso, um passarinho ilustrou o azul com a música da sua existência. Os cães até então dormiam. U...

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Pequena entrevista inventada

Minha universidade? Minha casa; minha família; meus amigos; meus livros; meus grilos; meu ócio. O meu ócio. Esse ofício de coser e cortar palavrasMinha vontade?Viver um dia por vez; não perder a vez quando chegar a minha horaO que me fascina?A co...

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Sem intervalos comerciais

foto: http://lh5.ggpht.comDesde que me conheço por gente os céus me encantam. Os céus são como o dia: nenhum é igual ao outro. Os céus são muitos. Às vezes, comparo-os com portas, tampas, o mundão todo. Comparações são perigosas, mas é que...

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Os pássaros me esperam

Foto: novo-mundo.org


São seis horas da manhã, os pássaros me esperam reunidos lá fora. Os pássaros não têm pressa, podem esperar. Estou cuidando do jardim. São seis horas da manhã, o dia está lindo lá fora e os pássaros reunidos me esperam. E eu já vou, não demoro. Não demoro.

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Só miudezas poéticas

Foto: Ana Lasevicius


Hoje, às 16 horas, na Livraria Saraiva do Shopping Pátio Higienópolis recito poesias para crianças de todas as idades. Se tiver vontade de se divertir, apareça e amanhã às 14 e 16 horas estarei nas lojas da Saraiva do Center Norte e Santana Park respectivamente.

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Na hora do culto

Tem gente que não dá o braço a torcer. É turrona mesmo. "Eu não, sou diferente", ele dizia. Faço-me de morto pra depois atacar. Orgulhava-se de ser fingido. Achava que assim a espécie humana ganharia uma sobrevida. As pessoas o chamavam de tudo quanto é coisa: traíra, vigarista, falso... Com a fineza que lhe era peculiar, agradecia pelos elogios. Podia ter todos os defeitos: menos um. Não admitia a possibilidade de parecer hipócrita. Isso abominava veementemente. Acabou criando confusão na igreja que frequentava - perto do Largo 13. Tudo por causa da sua maldita predisposição ao enfrentamento. Colocou o pastor na parede no meio do culto. O pastor o chamou de blasfemador. Para quem já foi chamado de vigarista, falso e traíra a palavra proferida pelo pastor ecoou no deserto e perdeu a força no vento. Ele disse para toda a igreja ouvir que o pastor assim como a maioria dos seus seguidores adoravam fazer proselitismo barato. Olhando fixamente para o dono da igreja disse-lhe: "Se tem algum blasfemador aqui, este um é o senhor. De fato, sou um fingido assumido enquanto o senhor é um fingido enrustido sob o manto da moral manca. Eu não sou bom, meu pastor! O senhor também não o é, e muito menos essa comunidade tacanha! Tenho consciência disso e me esforço pra não ser tão ruim e intolerante com os outros como os irmãos são comigo". Depois acabou esconjurado, mas não deu o braço a torcer. Como disse no começo: tem gente que é turrona mesmo!


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