Uma homenagem sem precedentes na história do futebol será realizada neste sábado, às 23h (de Brasília), no Estádio Jalisco, na partida em que o Chivas Guadalajara recebe o Pumas, pela primeira rodada do Torneio Clausura Mexicano. Estará no comando de ataque da equipe anfitriã o maior artilheiro de sua história: Salvador Reyes, de 71 anos.
Esta foi a forma encontrada pelo Chivas para homenagear os 50 anos de seu primeiro título nacional. Para isso, o clube precisou inscrevê-lo na Federação Mexicana de Futebol (FMF). Ele começará jogando e, depois, será substituído por Bravo, centroavante da equipe atual e segundo maior artilheiro da história do Chivas.
– Não tenho condições para jogar nem sequer cinco minutos. Sou capaz de fazer com que a equipe mude seu esquema, pois será como atuar com dez jogadores – admitiu Reyes. – Vamos ver o que fará Efraín Flores (técnico). Ele é corajoso – complementou, sorrindo.
– Não acredito que isso estáacontecendo. É muito emocionante saber que jogarei outra partida – agradeceu o ídolo, que jogou três Copas do Mundo (58/62/66).
Chava Reyes, apelido pelo qual é conhecido, está para o Chivas como Zico está para o Flamengo, por exemplo. Ele foi o grande jogador da era mais vitoriosa do Chivas, que conquistou sete Campeonatos Mexicanos entre 1957 e 1965. Reyes marcou seis gols em cinco dos sete jogos decisivos.
Entre outras façanhas, este esquadrão, que recebeu a alcunha de El Campeoníssimo, ainda conquistou uma Copa do México, seis Supercopas Mexicanas e se consagrou em 1962, ao se tornar o campeão da primeira edição da Copa dos Campeões da Concacaf, competição continental que hoje vale vaga no Mundial de Clubes.
Em um dos vários torneios internacionais que venceu, empatou com o Santos de Pelé no Pentagonal da Cidade do México de 1961.
Por causa do tricampeonato mexicano no mesmo ano, o Chivas ganhou a Copa Challenger, uma espécie de Taça das Bolinhas do México – por ter sido o primeiro time a ganhar três Mexicanos seguidos.