A CULTURA, AS BUNDAS E A MEDIOCRIDADE.

Monstros Sagrados da MPB


Qual o valor que a cultura tem para você?

Um amigo meu que é botânico (um cientista zeloso e competente) me enviou um e-mail ontem (17/01) com uma foto anexa de título: “Foto Histórica” (acima). Enquanto abria o arquivo anexo, e na fração de segundo que a imagem levou para formar-se e chegar ao meu cérebro, eu já sabia que ela seria o texto de hoje.

A foto era antiga e trazia numa formação de semicírculo, alguns dos mais consagrados artistas brasileiros. Imediatamente, identifiquei todos (o que não era difícil, pois uma legenda explicativa dava o nome de cada um deles) e percebi o quanto nossa cultura perdeu ao longo do tempo e como os valores e paradigmas se alteraram, por influência direta da queda de qualidade na educação das novas gerações de brasileiros; e da falsa sensação de que o imediatismo e o sucesso, rápido e fácil, são superiores a qualidade e ao talento verdadeiro.

Vendo ali, resgatados das areias do tempo, nomes como Vinicius, Elis Regina e tantos outros; percebemos que já tivemos homens e mulheres de incrível talento e que encantaram o mundo todo. Levando para o exterior o que de melhor havia em matéria de cultura brasileira, criando a famosa aura de criatividade talentosa que o Brasil tem hoje.

E agora, o que temos? A dança do créu, o Tchan, Vai Lacraia, funk da favela, etc… Letras que não podem ter mais que três seqüências diferentes de palavras, talvez para que o “público-alvo” possa acompanhar. Pessoas que mal sabem ler e escrever são alçadas a categoria de “estrelas” e de “celebridades” sem que tenham qualquer talento que se sustente por mais do que cinco minutos. De uma cultura rica e cheia de “monstros sagrados” em pouquíssimos anos, fomos transformados numa cultura de “bundas falantes” e de “Siris de Sotaque”, que não têm talento sequer para manterem-se num programa de fofocas ou em qualquer outro meio por mais do que alguns dias. Hoje vivemos numa sociedade que cultua a mediocridade e a falta de criatividade.

Em um de meus blogs, recebi um comentário de uma garota que dizia: “Tenho certeza que o texto é ótimo, mas não consigo ler nada muito grande”. O “muito grande” é um texto que caberia em uma página “A4”. O que esperar de uma geração que não consegue ler mais que dois ou três parágrafos?

Você, leitor de sempre, pode dizer: “Mas seu blog não é sobre política?”

Sim, mas essa realidade pobre e triste se reflete na política e na sociedade também. Uma recente pesquisa publicada, relatou que 70% dos eleitores são de baixa ou de nenhuma escolaridade. E desse número, cerca de 50% são analfabetos funcionais e 30% completamente analfabetos. Ou seja, cerca de 50 a 55% do nosso eleitorado não sabe ler ou, se sabe, não consegue ler textos longos e nem tem capacidade de entender o que foi escrito e interpretá-los.

Aí está a razão para que Malufs, Collors, Renans, Mensaleiros, Sanguessugas, Jeffersons e tantos outros; continuem perpetuando-se no poder e trazendo a conta da corrupção para que nós a paguemos. Aí está a causa pela qual soluções simples e eficazes deixam de ser aplicadas, para dar lugar a “pirotecnias mirabolantes e nababescas” que servem apenas para o superfaturamento e o desvio de verbas. Aí está a razão para a opção pela mediocridade que nosso país fez.

É importante incentivar a leitura. É importante dar valor ao que é bom e desprezar o lixo. É importante dar o valor devido à cultura e a educação de nossas crianças. Se você permite, por omissão ou comodismo, que seu filho se torne um alienado; você coloca nas mãos da corja que sempre comandou nosso país, uma arma municiada para que eles continuem no poder. Você é o responsável e o pior: Você não ganha nada com isso.

E aí, vai ficar parado?


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