O investimento dos grandes para o Campeonato Paulista 2008, que tem início nesta quarta-feira, foi grande. A começar pelo banco de reservas. À exceção do São Paulo, que mantém o técnico considerado há três anos pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) o melhor do Brasil, Corinthians, Palmeiras e Santos investiram na contratação de alguns dos principais treinadores brasileiros.
No Parque Antarctica, a diretoria alviverde apostou na comissão técnica mais cara do país para tentar acabar com um jejum de 12 anos sem o título estadual. Coincidentemente, Vanderlei Luxemburgo, chefe que comitiva, foi o treinador do título paulista de 1996, o último conquistado pelo Palmeiras.
A chegada de Luxemburgo ao Palmeiras é considerada estratégica pelos dirigentes do clube, principalmente na contratação de jogadores. Coadjuvante nos últimos anos, a equipe alviverde espera ter no técnico um chamariz para contratar reforços de peso. E para isso conta com o apoio financeiro da Traffic, que administra um fundo de investimentos de R$ 40 milhões.
No litoral, o Santos tenta o tricampeonato com o retorno de uma filosofia caseira depois de ganhar dois títulos estaduais sob o comando do “caro” Luxemburgo. Tanto que contratou Emerson Leão, campeão brasileiro em 2002 com a geração de Diego, Robinho e cia.
Leão, aliás, chegou ao clube da Baixada Santista sem economizar críticas ao seu desafeto e antecessor Luxemburgo. Ele criticou o estado do clube pós-Luxa e chegou a ironizar dizendo que “o portão das categorias de base para os profissionais não terá mais cadeado”.
Outro clube que passou por profunda reformulação em sua comissão técnica foi o Corinthians, rebaixado à segunda divisão do Campeonato Brasileiro no ano passado. Mesmo com o time em baixa, a diretoria venceu a concorrência por Mano Menezes, campeão da Série B em 2005 e vice da Libertadores em 2007.
O São Paulo, atual bicampeão brasileiro, foi o único que não teve alteração no banco de reservas. A equipe do Morumbi segue com o técnico Muricy Ramalho no comando. Nos últimos três anos, por sinal, o comandante tricolor foi eleito pela CBF o melhor treinador do Brasil (uma vez pelo Internacional, em 2005).