A ligação do meia Kaká, do Milan, com o casal Estevam Hernandes Filho e Sônia Haddad Moraes Hernandes, fundadores e líderes da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, está na mira da justiça. A informação foi dada neste sábado pela revista “CartaCapital”.
O promotor da 1ª Vara Criminal de São Paulo, Marcelo Batlouni Mendroni, pediu à Procuradoria-Geral de Milão no dia 14 de setembro do ano passado para ouvir o jogador. Até quinta-feira, não houve resposta sobre a requisição. Kaká também não se pronunciou sobre o assunto.
A ligação pessoal de Kaká com Estevam e Sônia, com visitas do casal ao meia no Brasil e na Itália, é um dos alvos da justiça. Outro fator é o dízimo anual pago pelo meia à Renascer, que gira em torno de R$ 2 milhões.
A revista cita algumas perguntas que Mendroni gostaria de fazer para Kaká, como “qual é seu grau de amizade e que relação tem com as pessoas acusadas? Os acusados costumam freqüentar sua casa na Itália e no Brasil? O senhor costuma freqüentar a casa deles, no Brasil e nos Estados Unidos? A partir de 31 de julho de 2006, quando teve início a acusação por crime de lavagem de dinheiro, quantas vezes os acusados freqüentaram sua casa? O senhor tem conhecimento do fato que eles tiveram prisão decretada? Durante o período de vigência do decreto de prisão, as duas pessoas citadas ficaram hospedadas em sua casa, na Itália ou no Brasil?”.
Estevam e Sônia Hernandes foram presos nos Estados Unidos e condenados pelos crimes de contrabando de dinheiro e conspiração para contrabando de dinheiro. Até a condenação em agosto, o casal ficou em liberdade condicional e vigiada. Estevam começou a cumprir o período de reclusão no dia 20 de agosto de 2007 e saiu em 29 de dezembro. Já Sônia cumpria a prisão domiciliar desde 17 de agosto de 2007 e agora deve se apresentar à Justiça do país para cumprir os 140 dias de reclusão a que foi condenada em agosto.