Fantasia infantil do Bope é a mais procurada para o carnaval
Ao ler esta notícia voltei a pensar algumas coisas sobre o filme “Tropa de Elite”, algo que já fiz bastante desde que vi o filme. Já conversei com várias pessoas sobre a questão do tráfico de drogas, o financiamento da violência, corrupção policial, pirataria, entre outros muitos assuntos que podem ser discutidos.
Considero positiva esta variedade de debates possíveis acerca de um filme. Toda obra que faz a sociedade discutir, colocando-a pra pensar, cumpre o seu papel social, independente do tema.
Mas uma das consequências do filme que me incomoda é essa heroificação do seu personagem principal, o Cap. Nascimento. Pessoas imitam seus gestos, suas falas, seu modo de ser e por aí vai.
Inevitavelmente, isso chega até as crianças. Enxergarem como herói nacional alguém com sérios problemas de personalidade, que extrapola os limites da sua função, realiza julgamentos como sendo dono da verdade e da justiça, ao meu modo de ver, isso é um reflexo escandaloso do imenso abismo social existente no nosso país.
Muitas pessoas justificam essa idolatria por ele “não dar chance a bandidagem”, ‘sai matando geral”. O que vemos no filme e na chamada vida real (será que é real mesmo? Hum… isso merece outro post) é que uma ação bem enérgica contra os bandidos… contra os bandidos e quem mais estiver próximo a ele. Bandidos que vivem em áreas pobres, convivendo com pessoas pobres que vivem totalmente inseguras e ainda correm o sério risco de serem confudidas com os bandidos.
A ação do Cap. Nascimento e sua turma é muito comemorada e bem vista por grande parte da imprensa. Mas gostaria de ver como seria a reação desses caso essa ação se passasse em condomínios de luxo, bairros ou locais onde residem pessoas que possuem elevado status social. Não há como dizer que nesses locais não existe tráfico de drogas realizado pelos próprios moradores, ou então que não existe nenhum outro tipo de atividade ilegal. Exemplos não faltam. O Delegado Orlando Zaccone, titular da 52ª DP, Nova Iguaçu-RJ, concedeu uma excelente entrevista abordando parte desta temática.
A ação do Cap. Nascimento funciona muito bem… mas somente com o pobres.
Considero positiva esta variedade de debates possíveis acerca de um filme. Toda obra que faz a sociedade discutir, colocando-a pra pensar, cumpre o seu papel social, independente do tema.
Mas uma das consequências do filme que me incomoda é essa heroificação do seu personagem principal, o Cap. Nascimento. Pessoas imitam seus gestos, suas falas, seu modo de ser e por aí vai.
Inevitavelmente, isso chega até as crianças. Enxergarem como herói nacional alguém com sérios problemas de personalidade, que extrapola os limites da sua função, realiza julgamentos como sendo dono da verdade e da justiça, ao meu modo de ver, isso é um reflexo escandaloso do imenso abismo social existente no nosso país.
Muitas pessoas justificam essa idolatria por ele “não dar chance a bandidagem”, ‘sai matando geral”. O que vemos no filme e na chamada vida real (será que é real mesmo? Hum… isso merece outro post) é que uma ação bem enérgica contra os bandidos… contra os bandidos e quem mais estiver próximo a ele. Bandidos que vivem em áreas pobres, convivendo com pessoas pobres que vivem totalmente inseguras e ainda correm o sério risco de serem confudidas com os bandidos.
A ação do Cap. Nascimento e sua turma é muito comemorada e bem vista por grande parte da imprensa. Mas gostaria de ver como seria a reação desses caso essa ação se passasse em condomínios de luxo, bairros ou locais onde residem pessoas que possuem elevado status social. Não há como dizer que nesses locais não existe tráfico de drogas realizado pelos próprios moradores, ou então que não existe nenhum outro tipo de atividade ilegal. Exemplos não faltam. O Delegado Orlando Zaccone, titular da 52ª DP, Nova Iguaçu-RJ, concedeu uma excelente entrevista abordando parte desta temática.
A ação do Cap. Nascimento funciona muito bem… mas somente com o pobres.
Ah, a partir de agora vou tentar colocar como título do post algo referente a alguma música, título ou parte dela. A de hoje é “O Herói”, da banda Devotos.