A FEBRE, O AMARELO E O PRETO.

Febre Amarela


A saúde do Brasil vai bem?

Essa é o tipo de pergunta que se tornou desnecessária de uns tempos para cá. Já que dez, entre dez pessoas, a responderiam com um sonoro “NÃO”! E é verdade. A saúde pública brasileira retroagiu ao início do século passado. Onde só tinha um serviço decente quem tinha muito dinheiro e nos hospitais dos pobres, o médico decidia quem viveria e quem sucumbiria.

Apesar da tecnologia, das enormes descobertas e da profunda e inegável melhora que alcançamos; a qualidade geral é muito ruim. Contamos muito mais com a sorte do que com os serviços prestados por nosso governo nesta área.

O mais recente exemplo é o episódio da febre amarela. Os casos se sucedem e o governo, tentando impedir o pânico (o que é compreensível), tenta inutilmente negar o óbvio. Assim como a dengue, que foi erradicada no início do século XX, a febre amarela estava contida nas selvas brasileiras há muitos anos. Contudo, com o desmatamento e o total descaso das autoridades sanitárias estaduais, os mosquitos transmissores de ambas as doenças, proliferam-se de forma descontrolada.

Assistimos a um ministro da saúde que afirma que o mosquito transmissor da doença (do gênero Hemagogos) é silvestre e não existe nas áreas urbanas. No entanto, ele esqueceu (talvez estrategicamente) de mencionar que seu amigo e companheiro (do mosquito); o Aedes Aegypti. É endêmico nas grandes cidades e pode transmitir além da dengue a febre amarela.

A melhor saída é a vacina. Que é segura e eficaz. Porém, mais uma vez, nos deparamos com o caos e o despreparo de nossas autoridades de saúde. A vacina quase não pode mais ser encontrada nos postos de saúde. A fundação Oswaldo Cruz está aumentando a produção em 100% para fazer frente à demanda.

O que isso revela? Simples. Se houver uma epidemia em uma grande cidade (e isso não é uma possibilidade remota, pois basta um infectado ser picado por um Aedis e pronto. A evolução será exponencial; e a epidemia se instala). O governo não estará pronto para responder com a velocidade necessária e impedir que a doença se espalhe. Afinal, deve-se levar em consideração que a vacina ainda tem um prazo de dez dias para atingir o ponto de imunidade adequado.

Mais uma vez, assistimos a falta de preparo e a ausência de planejamento dos governos federal e estaduais, serem expostas e demonstram o atual nível de descaso com a saúde do brasileiro. Se a vacina existe, por que não é programada normalmente para todos; já que a doença está presente em todos os estados? É o mesmo problema com a vacina contra o câncer de colo de útero. Ela já existe e está disponível. Mas apenas para quem pode pagar. Quanto o país gasta anualmente com despesas de doentes desse mal? Não compensaria a vacinação? Cabe ao Estado praticar a eugenia social? Sim. Pois nesse sentido, apenas os que podem pagar, conseguem proteger-se das doenças mais perigosas. As vacinas para alguns tipos de hepatite, câncer do útero e dezenas de outras doenças perigosas, não são oferecidas pelo governo. Afinal, que os pobres morram! Assim faltarão bandidos, mendigos e menores infratores e talvez a violência diminua. Não é assim que eles pensam?

Mas se esquecem de que, sem os pobres, talvez não sobre muita gente para contribuir com os impostos e taxas. Uma vez que, neste país, rico não paga imposto. Assim, a grande farra de verbas poderá acabar, e a coisa vai ficar preta.

E você, já se vacinou?


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