ESN: 16675-080201-838850-87
Quem não reconhece a extrema retidão de caráter e as propostas sempre positivas para a área da educação, com projetos além do seu tempo, que o senador Cristovam Buarque sempre apresenta? Quem não conhece seu famoso discurso sobre a internacionalização da Amazônia, proferido nos EUA e que nos encheu de orgulho ao vê-lo reduzir a pó-de-traque a arrogância norte-americana relacionada a esse assunto?
Pois é; quem está acostumado a ver o senador sempre defendendo o bem e propostas sérias; acabou se surpreendendo quando ele começou com a sandice de aumentar-se o número de parlamentares no Congresso Nacional sob o pretexto de representar os brasileiros que vivem no exterior.
O argumento apresentado pelo senador para defender sua proposta absurda chega a ser pueril: Outros países têm bancadas para isso.
Ora caro senador. O senhor, que sempre foi tido como um homem de excelência em sua área de atuação além de encampar uma proposta inoportuna e absurda; ainda defende suas ideias com argumentos inúteis e infantis. Não jogue a sua biografia no lixo.
Por que não apresentar uma proposta para igualar os salários dos parlamentares com o de outros países em que se trabalha mais e se paga bem menos? Por que não apresentar uma proposta para reduzir os gastos astronômicos e totalmente injustificáveis que senadores e deputados efetuam como se fossem donos de minas de ouro? Por que não apresentar um projeto com determinações para expulsão imediata e cassação dos direito políticos dos parlamentares envolvidos com a corrupção; além da tomada de bens compulsória?
Ora caro senador. Sua defesa apaixonada de um projeto claramente corporativista e inoportuno é apenas um retrato triste da decadência de um homem que todos julgavam de acima dos comportamentos mesquinhos que tantos parlamentares adoram cultivar.
A verdade senador Cristovam é que o povo brasileiro está farto de ideias mirabolantes e de carregar a ineficiência à corrupção e o descaso nas costas. Estamos cansados de impostos escorchantes de salários miseráveis e de sustentar mordomias injustificáveis para elementos sempre envolvidos em falcatruas, mamatas e negociatas.
Sua proposta, proferida em discurso, de que se deveria votar um plebiscito para fechar o Congresso é muito bem-vinda. Infelizmente sabemos que ela nunca chegará às ruas e é mais uma forma de impactar o noticiário político. Afinal de contas; que parlamentar correria o risco de perder a mamata e as mordomias que só conseguem aqui em nosso país? Que membro do congresso teria a hombridade de colocar-se a prova nas mãos da nação; diante do festival de canalhices e corrupção que vemos a cada dia nos noticiários?
A não ser a cada quatro anos, quando a bolsa-esmola cumpre o papel de adular e escravizar o voto miserável e alienado; os parlamentares querem distância da população e do povo a quem ludibriam e encaram como verdadeiro estorvo a seus sonhos mais íntimos de grandeza nababesca.
Na realidade senador. Se a proposta para fechamento do Congresso viesse a público realmente; tanto o senhor como todos os outros companheiros estariam desempregados no dia seguinte. Tenha certeza; a população simplesmente não suporta mais a cara-de-pau e o cinismo com que os senhores parlamentares invadem nossas casas e procuram, com as mais inverossímeis explicações, explicar o inexplicável. E, se tivesse uma oportunidade, faria uma limpeza completa no Congresso Nacional que, infelizmente, de Casa do Povo transformou-se apenas em uma casa de negociatas e de podridão ineficiente.
E meu voto, senador, seria o primeiro.
Pense nisso.
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A LIMPEZA, AS IDEIAS MIRABOLANTES E UMA BIOGRAFIA NO LIXO.
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