Hoje, sair de casa é como está em um filme de suspense, só que sem fundo musical (se bem que os tiroteios formam um belo som). O cenário, como já disse, é uma grande floresta: Não se sabe pra onde ir, só se sabe que a qualquer momento você pode virar a caça, ou se seguir as regras do contrato fraudulento ou muito raramente com esforço, ser imune a isso. Depende das normas que você se impõe, ou que impõem em você.
Não posso falar por dezessete anos atrás, mas hoje, são os caçadores (sim, os que assaltam, matam, esquartejam, estupram…), que decidem o valor da sua vida. Nessa situação, o valor desta pode vir a ser o valor de uma bala e mais extensamente de um revólver. Pode ser também o valor de uma carteira, ou de uma bicicleta, até mesmo de segundos de prazer sexual, depende da situação.
Todo esse cenário me gera uma dúvida:
Porque o todo racional ser humano, insiste em transformar esse lugar, com esse modo de sobrevivência, em um parque de conservação?
É estudar pra saber! Mas como eu tenho pavor aos sentimentos dos seres humanos, isso eu faço outra hora, ou talvez, com toda essa minha fobia, nunca.