Aqui se gasta muito, é inegável. Os conceitos aqui, pelo menos sua maioria, estão completamente invertidos na prática. Natal não é mais celebração do nascimento de Jesus Cristo. Falar de Jesus é careta! Queremos roupas novas, uma cozinha nova, um carro novo. Nós queremos presentes! Nós queremos gastar!
No Natal de hoje, é indispensável chamar toda a família e exibir na mesa o jogo de pratos cristalinos e talheres de prata que se adquiriu na promoção “compre em dezembro, pague em fevereiro”. É política natalina, exibir sorrisos falsos e fingir gostar de quem nunca se suportou.
Conheço apenas um motivo para celebração do Natal, mas o povo insiste em ignorá-lo e deturpa-lo, transformando a festa, em um sonho capitalista de consumo. Cristo que é o aniversariante, ganha de presente: morte, hipocrisia, mentira, ambição, avareza, orgulho, arrogância, inveja. Tudo aquilo que ele renega.
Nas semanas vésperas de natal, fazer o bem é bonito. Aqueles filmes que se repetem todos os anos continuam a tocar nosso coração. Mas no dia seguinte, voltamos ao cinismo habitual. Ajudar as criancinhas que estão com fome já não é mais tão admirável. Não temos mais tempo pra dar um agasalho a um mendigo. Não é mais Natal, não preciso agüentar aquela tia chata.
Precisamos urgentemente de um meio para calar a boca desses e proibí-los de falar Feliz Natal. O cala boca deles seria bem útil e cômodo para dar um toque intelectual na finalidade de que percebessem que natal não é dia de compras. É apenas (e isso é muito) dia de recordarmos Daquele que só nasceu pra morrer como ladrão e alegrarmo-nos disso. Basta que agradeçamos por ele ter feito isto, basta!
No mais, não desejo um feliz natal, desejo vergonha na cara a quem ainda não se deu conta do verdadeiro significado do natal. E agradeço ao criador que enviou nosso irmão para por nós morrer.
*Bônus*
Por um natal menos falso. Leia!
*Ao leitor*