ESN: 16675-080201-838850-87
O caos na educação brasileira é bem conhecido. Não há família capaz de concordar que nossas escolas formem alunos com qualidade. Mesmo as particulares possuem deficiências que chegam ao absurdo em muitos estados da federação.
Mas, em nenhuma outra parte, as escolas publicas são tão ruins quanto no Rio de Janeiro (talvez possamos citar as escolas de municípios miseráveis. Mas, em cidades e estados com recursos, as nossas são as piores – vide resultados do ENEM e Provinha Brasil); mas aqui no estado que já foi considerado a capital intelectual do país, as escolas públicas foram conscientemente destruídas e desprestigiadas ao longo de anos e anos de descaso e má administração.
É de particular citação a desastrosa administração de César Maia. Ao implementar a aberração da aprovação automática, César Maia relegou nossas crianças ao total obscurantismo intelectual e provocou uma enorme desmotivação em todo o sistema educacional do município. Não é possível também poupar o governo do estado. Tanto os anteriores quanto o atual.
Farinhas do mesmo saco, Garotinho, Rosinha e Sergio Cabral enganaram e enganam o povo do Rio de Janeiro com escolas de faz-de-conta. Onde adolescentes passam por todo o segundo grau sem nunca terem tido uma única aula de matérias “sem importância” como física, química e história. E mesmo nas matérias “um pouco mais importantes” como português e matemática, a carência de professores e a má qualidade do ensino são brutais.
Como não poderia deixar de ser, os maiores prejudicados são as crianças. A grande maioria chega ao segundo grau como analfabeto funcional e não consegue compreender textos simples; encontrando também, enormes dificuldades nas operações matemáticas mais elementares.
Prova disso; é que após uma auditoria feita pela fundação Getúlio Vargas, através de várias provas aplicadas aos alunos da rede municipal carioca; encontrou-se a estarrecedora realidade de que 68% dos alunos do 4º ao 6º ano necessitam de reforço escolar imediato e destes, mais de 25% são analfabetos funcionais e totais.
Isso fica ainda muito pior quanto entendemos que esses resultados desastrosos foram obtidos mesmo após os alunos terem sido submetidos a um “reforço” e a “aprendizado intensivo” nas semanas que antecederam as provas. Como forma de tentar obter o menor índice negativo possível. (Já que se esperava um desastre)
Se levarmos isso em consideração; chegaremos à dramática realidade de que a coisa deveria estar muito pior. Que, desses 68% atingidos após o “reforço intensivo”, facilmente bateríamos em índices muito mais vergonhosos e elevados do que estes, no caso das aulas de reforço não serem ministradas.
Enquanto isso, na Assembleia Legislativa Estadual, o deputado Alessandro Calazans (PMN) está preocupado e aborrecido com a recusa de seu importante projeto de lei que liberava o uso do cerol nas linhas de pipa em todo o estado.(Veja Aqui)
Isso é que é definir bem as prioridades.
E você leitor, o que pensa disso?
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RIO, ESCOLAS, CAOS E O CEROL FININHO.
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