“Maternidade Amador Aguiar é referência para a região”, afirma Dr. Egidio, superintendente da unidade

111-romulo-fasanaro-filho-4A unidade é a única da região Oeste que atende casos de alta complexidade, oferece parto humanizado, tem laboratório de especialidades e ainda conta com o título de “Hospital Amigo da Criança”, dado pelo UNICEF e pelo Ministério da Saúde

O Hospital e Maternidade Municipal Amador Aguiar (HMMAA) é a única unidade pública que presta atendimento em obstetrícia para casos de alto risco para todos os municípios da região Oeste da Grande São Paulo. De acordo com o superintendente, o médico ginecologista e obstetra Egidio Malagoli Neto, a maternidade realiza uma média de 600 partos por mês, sendo 30% deles provenientes de gestações de alto risco.

111-romulo-fasanaro-filho-5“Mesmo com esta realidade, a maternidade registra um alto índice de sucesso nos casos de nascimentos prematuros. Em 2008, inclusive, atingimos nosso menor coeficiente de óbito de neonatal dos últimos 3 anos, com 9,3 óbitos a cada mil nascidos vivos”.

Ele destaca isso porque os casos de alta complexidade acarretam maior número de nascimentos de recém nascidos prematuros. “Muitos deles precisam ser internados na UTI Neonatal, permanecendo na maternidade por um período mais prolongado, com necessidade de terapias de alto custo, disponibilidade de equipes de especialistas e expostos à maior probabilidade de risco de morte e sequela”, afirma. Para atender satisfatoriamente esta demanda, protegendo a vida e zelando pela boa saúde dos bebês, Egidio explica que a maternidade aplica uma série de condutas e oferece um grande número de serviços especializados que são o grande diferencial da unidade.

111-romulo-fasanaro-filho-6Um deles é o alojamento mãe-canguru, em que a mãe fica o maior tempo possível em contato com seu bebê prematuro, fornecendo o aleitamento materno e proporcionando ao bebê o contato físico com a mãe. O sistema é colocado em prática mesmo enquanto o recém nascido está interno na UTI Neonatal, e se intensifica quando tem alta para o alojamento. “Os resultados são ganho de peso acelerado, suprimento para o bebê de anticorpos próprios do aleitamento materno e menos tempo de internação”, informa Egidio.

O cuidado redobrado que a administração da unidade dedica ao aleitamento materno fez com que a maternidade ganhasse um banco de leite, que também é o único da região em hospital público. O setor, que está cada vez mais ativo, garante a alimentação dos bebês internados na UTI, fora dos horários de permanência das mamães.

O superintendente da unidade ressalta que outro importante setor do HMMAA é o ambulatório com especialidades em neonatologia, que atende os bebês de partos de alto risco desde a alta da UTI Neonatal até os 2 anos de idade.

De acordo com o médico, esta série de serviços inéditos na rede pública da região torna o hospital uma referência, inclusive para as cidades vizinhas.

Hospital Amigo da Criança –Todo este cuidado fez a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e o Ministério da Saúde conferirem ao HMMAA o título Hospital Amigo da Criança, no qual a unidade também é pioneira na região. A concessão do selo é feita mediante a obediência a normas rígidas, que visam principalmente a área de aleitamento. As avaliações são realizadas uma vez por ano e o HMMAA vem mantendo o título continuamente há mais de 4 anos.

Além disso, todos os bebês nascidos na unidade são submetidos a exames preventivos como a triagem auditiva (teste da orelhinha), o teste oftalmológico do reflexo do olho vermelho e o teste do pezinho, que detecta precocemente doenças metabólicas, hormonais e infecciosas.

Todos os bebês que nascem no HMMAA recebem alta somente após terem sido imunizados pelas primeiras doses das vacinas BCG e Hepatite B. A maternidade tem ainda um ambulatório pediátrico por onde passam os bebês ali nascidos, após uma semana da alta. Eles passam por reavaliação clínica que pode gerar novos exames ou não.

Há também o serviço de neurocirurgia infantil, equipes de cirurgia pediátrica disponíveis 24 horas na unidade e setor de cardiologia pediátrica que oferece aos bebês internos na UTI Neonatal avaliação e ecocardiograma no leito. Outro exame que pode ser realizado na UTI, se necessário, é a ultrassonografia de crânio.

Além disso, após receber alta da UTI, os bebês prematuros recebem atendimento especial do ambulatório fisioterapia, que pode constatar o diagnóstico precoce de problemas motores.

O bom conceito que a unidade tem perante a comunidade se traduz no alto índice de ocupação da mesma, que é de mais de 90%.

Humanização no parto – Outro importante diferencial do HMMAA é o Centro de Parto Humanizado, setor que iniciou atividade em novembro de 2007 e que possibilita à parturiente ter ao seu lado um acompanhante durante o nascimento do seu bebê. A proximidade com alguém da família proporciona à mãe o conforto e a tranqüilidade necessários para que o parto transcorra da melhor forma possível. Depois do parto, mamãe e bebê seguem para o alojamento conjunto, onde ficam juntos 24 horas por dia.

Superintendente da Maternidade mostra indignação com reportagem

O Superintendente do Hospital e Maternidade Municipal Amador Aguiar (HMMAA), Egídio Malagoli Neto, manifestou-se na manhã da quinta-feira, 26, com respeito à reportagem levada ao ar em emissora de TV da grande imprensa, que acusava a unidade de ter altos índices de óbito de neonatal nativivo. A reportagem mostrou estatísticas que tinham como universo todo o município de Osasco, mas, de maneira equivocada, deixava transparecer que os casos todos eram originários do HMMAA.

“A forma como a reportagem se apresentou não denotava intenções de mostrar uma realidade, mas sim uma idéia pré concluída e com números de todo o município. Prova disso é que a repórter se negou em receber informações específicas da nossa unidade, de conferir nossos relatórios e não nos permitiu acesso aos dados que ela trazia, o que nos era necessário para que pudéssemos avaliar caso a caso”, disse.

Egídio, que afirmou estar recebendo um grande número de manifestações solidárias de mães que tiveram seus bebês na Maternidade Amador Aguiar, após a veiculação da matéria, fez questão de transmitir uma mensagem às gestantes do município: “Quero tranqüilizar as gestantes de Osasco, afirmando que esta é uma maternidade que preza pela qualidade de atendimento e que se renova a cada dia para que isso aconteça”.

A unidade passa por auditoria mensal realizada por equipe da Secretaria Municipal de Saúde e do Comitê de mortalidade Infantil do município. Nestes procedimentos são estudados todos os casos de óbito e são feitas proposituras de melhoria aos serviços.

As estatísticas de óbito fetal da unidade e do município são inferiores ao índice aceitável pelo Ministério da Saúde. Levantamentos do Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) referentes a 2006, mostram que Osasco reduziu a taxa de mortalidade infantil em 3,6 pontos, passando dos 16,2 de 2005, para 12,6, o menor índice de sua história. O número colocou Osasco em último lugar entre as cidades com mais de 500 mil habitantes da região metropolitana de São Paulo, para casos de óbitos de crianças no primeiro ano de vida. Nossa taxa é menor que a da Regional de Saúde DIR-V (13,1) e que a do Estado de São Paulo (13,3).

Estes números são resultado não somente do trabalho realizado nas unidades básicas de saúde do município e nas residências, pelos agentes de saúde que acompanham o pré-natal das gestantes. Decorrem também do sucesso que o HMMAA vem tendo com a sobrevivência de bebês de pouco peso.

Quanto aos óbitos das duas parturientes citadas na matéria, o superintendente da maternidade disse que casos de morte materna são muito raros na unidade, e que os casos apresentados ocorreram por patologias extremamente graves. Nenhuma delas, embora ambas tivessem passado por exames pré-natal, teve diagnóstico de suas patologias durante a gestação. “A maternidade disponibilizou de todos os recursos técnicos e humanos para que o atendimento às pacientes fosse realizado de acordo com as normas técnicas preconizadas pelo Ministério da Saúde”, disse.

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