As festas de fim de ano chegaram e se foram e o que podia acontecer de pior numa data festiva aconteceu. Políticos se aproveitando da dor de famílias para promoverem-se. Falo mais uma vez do “Bufão Latino”, Hugo Chávez. Que, posando de “salvador da pátria”, armou um “resgate/salvamento” de reféns seqüestrados pela narco-guerrilha colombiana (A Operação Emanuel). Um bando de bandidos e traficantes que gosta de posar de revolucionários. Afinal, que tipo de revolucionário escraviza, mata, humilha e coage seu próprio povo? São apenas bandidos e nada mais.
Uma vez mais se deu a prova de que, um Estado, não pode negociar com terroristas. Aproveitando-se do desespero das famílias e da época festiva e importante (principalmente em países católicos), Hugo Chávez viu a oportunidade ideal de devolver a humilhação que sofreu, ao ser advertido e desautorizado publicamente pelo presidente da Colômbia, no caso das negociações com as FARC. Numa jogada nojenta e digna de um Maquiavel de quinta categoria; colocou o presidente colombiano “em xeque” ao afirmar que tinha as coordenadas para a libertação dos reféns e que só dependia da aprovação de Uribe para desencadear a operação de salvamento.
Álvaro Uribe ficou em uma posição dramática: Se negasse, seu povo poderia revoltar-se e a máquina de propaganda de Chávez “cairia de pau” falando horrores dele. Sem saída e sem alternativa, coube-lhe apenas ceder e assistir Hugo Chávez brilhar sobre os holofotes da mídia internacional; assumindo o papel de libertador e herói. Tudo o que ele queria, é claro.
O mundo prendeu a respiração por dias, aguardando a notícia da libertação dos reféns. As tais coordenadas, nunca chegaram é claro. E, correndo o risco de ser afoito, acho que nunca sequer existiram. A desculpa dada para o cancelamento da ação, dada por Chávez, foi no mínimo ridícula: “Não há condições para executar a operação”. Outros disseram que havia unidades do exército na área e que as FARC ficaram receosas de uma emboscada.
Só mesmo sendo um idiota para achar que o presidente colombiano arcaria com um ônus político sem tamanho, ao realizar uma operação militar durante o resgate de reféns encampado pela Cruz Vermelha. E, mais ainda, coroado com a presença de representantes de várias nações; inclusive cidadãos norte-americanos. Uma luta na selva, certamente, ocasionaria muitas baixas e o desgaste político seria imenso.
Para mim; é claro que nenhuma unidade militar estava por perto. É claro que nunca houve coordenadas. Tudo não passou de mais um circo armado por Chávez e pelas FARC para que retornassem ao noticiário mundial em grande estilo. A maior prova disso, é que Chávez sequer disparou seu veneno contra o presidente colombiano. Ou vocês acham que ele perderia essa oportunidade de provar que Uribe estragou tudo com uma intervenção armada? Ao invés disso, ele fez o que nunca faz: Saiu à francesa; “de fininho” e com pouco barulho.
Enquanto isso, as famílias, os cidadãos e os demais envolvidos, passaram um fim de ano “dos infernos”. Imersos numa ansiedade excruciante e sem medida; apenas para que “El Babacón” se promovesse na mídia. Como é próprio daqueles que cultuam sua figura, o presidente da Venezuela preocupa-se apenas com sua imagem de líder e salvador da América Latina. Pessoas em perigo e famílias que sofrem, são meros degraus a serem pisados e usados em sua ascensão estelar. Certamente, um dia, um desses degraus à de acordar e devolver-lhe a pisada com força redobrada.
E você leitor, o que acha?