CLODOVIL, CELEBRIDADES, POLÍTICOS E O ELEITORADO QUE DECIDE.

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A morte do deputado Clodovil Hernandes trás ao debate, aqui no Visão Panorâmica, um detalhe sobre sua curta atividade política. Apesar de ter sido considerado, assim que eleito, como mais um daqueles deputados fadados a serem engolidos pela máquina rasa da política partidária; Clodovil assumiu publicamente que chegaria a Brasília sem qualquer projeto definido e sem nenhuma ideia do que fazer por lá.

Curiosamente, sua meteórica participação política deixará um legado de inúmeros projetos de enorme importância social e de grande impacto em nossa sociedade. Ao atacar o próprio sistema que o elegeu e propor a redução, para um número mais do que razoável, da quantidade de políticos para compor a Câmara dos Deputados (dos mais de 500 para apenas 250); Clodovil propôs ainda inúmeros projetos na área social e de moralização da política brasileira (veja aqui).

Mesmo sendo pessoalmente contrário ao “voto celebridade” que, normalmente, elege apenas oportunistas e parasitas para cargos políticos; o caso de Clodovil é especialmente emblemático porque ele, em sua curtíssima carreira política, apresentou mais projetos e resoluções do que figuras que estão a “milênios” na vida política.

A verdade é que, como sempre é comentado por aqui, o eleitorado que realmente decide a eleição no Brasil é composto de pessoas de baixa qualificação, pouca instrução e interesse ralo pelo que julgam “coisa de rico e de ladrão”. Esperar que uma população composta por cerca de 74% de analfabetos funcionais (veja vídeo abaixo no índice de tempo em torno de 2:20 mim) e incapaz sequer de compreender a leitura de textos um pouco mais longos ou de um simples livro tenha o discernimento necessário para captar as nuances do comportamento de políticos, paciência para entender um palavreado complexo e cheio de rapapés, além de gravar nomes e lembrar o papel que representaram neste ou naquele escândalo; é uma verdadeira utopia.



Por isso mesmo; é compreensível entender os motivos pelos quais as celebridades têm tanto apelo eleitoral em nosso país e a péssima qualidade de nosso quadro político. A necessidade de “salvadores da pátria” torna-se um imperativo nesse cenário quase catastrófico.

Reverter essa situação parece ser praticamente impossível. Uma vez que a massa quase analfabeta, em muitos casos, recusa-se perceber a importância crucial para seu próprio bem estar que a política tem. E como sua apatia e alienação contribuem diretamente para seu próprio sofrimento.

Um trabalho maciço de nossas autoridades e uma cobrança forte e contínua, oriunda da parcela da população mais esclarecida; deve ser o ponto de partida para promover a evolução dessas pessoas e divulgar um novo entendimento político por todos os cantos de nossa nação.

Apenas assim, os coronéis, as celebridades sem propostas, os oportunistas, os que buscam a vida pública somente para construírem castelos e mansões ou ainda para garantirem um futuro abastado e tranquilo para seu séqüito familiar; serão definitivamente banidos da vida política brasileira.

Quisera eu, dentro de minha limitada condição de cidadão, que mais “Clodovis” contrariassem a mediocridade que ronda a atividade política das celebridades eleitas e passassem por Brasília derramando sua polêmica e seu jeito espalhafatoso de ser. Mais do que comicidade e polêmica; veríamos algum trabalho duro e boas propostas.

Um abraço a todos.

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CLODOVIL, CELEBRIDADES, POLÍTICOS E O ELEITORADO QUE DECIDE.

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