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Imagine ter um emprego que te pagasse mais de R$ 170.000,00 por mês e. ainda por cima, exigisse que você trabalhasse apenas três dias na semana (determinados por você mesmo e, caso quisesse, sequer precisaria comparecer realmente). Agora pense que, além disso tudo, você ainda teria direito a dois meses de férias por ano e ainda a liberdade de negociar milhões de reais em contratos de compra de produtos e serviços. Seria uma maravilha, não é mesmo?
Pois é; como você mesmo já deve ter reconhecido, caro leitor, esse emprego “dos sonhos” já existe. É o cargo de Senador da República.
Nada contra pessoas de “caráter tão ilibado” e altamente “ativas” em suas funções; recebam um salário condizente com a importância de seu cargo e que tenham o direito a todas as mordomias que são “dignas” do cargo.
O mais “engraçado” de tudo, é que nos aproximamos do final do mês de março e o número de projetos votados no senado, neste período, alcança o surpreendente patamar de… zero.
Isso mesmo; três meses após iniciarem suas atividades, nossos ilustres senadores não votaram nenhum projeto, num universo de milhares, que possuem alto interesse público e dos quais melhorias em processos administrativos, legais e em todas as áreas necessárias para que uma nação caminhe em direção a oferecer melhores oportunidades a seu povo.
No entanto, contratos de terceirização que lhes garantem o emprego de familiares, amigos e agregados foram votados em caráter de “urgência urgentíssima” e com tal velocidade que possibilitariam a Einstein confirmar (com folga) a sua teoria da relatividade.
Enquanto o país agoniza economicamente e o povo clama por uma revisão dos códigos de processo penal e de procedimentos arcaicos que ainda atravancam a vida do cidadão; a prioridade dos senadores é garantir que, nas matrículas escolares, conste a cor da pele do indivíduo; ressuscitando uma prática abolida e oficializando o arcaico conceito de raça.
Todos sabemos que as prioridades de nossos senadores estão, em sua maioria, muito mais ligadas ao enriquecimento e a garantia de emprego para amigos, parentes e puxa-sacos de plantão. No entanto, faz-se definitivamente necessária uma pressão popular maior e mais ativa para que nossos “ilustres representantes” entendam, de uma vez por todas, que estão lá para trabalhar e não para cuidarem de seus interesses pessoais.
Contudo, enquanto o resultado do paredão do BBB for mais importante do que as arbitrariedades, mamatas e conchavos que acontecem em Brasília; estaremos fadados ao atraso e a crônica falta de oportunidade em nossas vidas e nas vidas de nossos filhos e netos.
Pense nisso.
Quer saber a fonte dos valores? Clique aqui. (Lembrando que a minha soma pode variar para mais ou para menos de acordo com o estado que o senador representa).
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PRIORIDADES, NECESSIDADES E O QUE HÁ DE ERRADO.
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