Brasília – Os noruegueses prestaram homenagens hoje (22) às vítimas dos ataques do extremista de direita Anders Behring Breivik, que, há exatamente um ano, colocou uma bomba perto da sede do governo, em Oslo, e atirou em jovens do Partido Trabalhista acampados na Ilha de Utoya.
Uma cerimônia na Catedral de Oslo lembrou o ataque e os 77 mortos. Os reis Harald V e Sonia, o primeiro-ministro, Jens Stoltenberg, outros membros do governo, sobreviventes e parentes das vítimas estiveram presentes. Do lado de fora da catedral, onde foram colocadas flores em homenagem às vítimas, centenas de pessoas faziam fila horas antes do início da missa.
Transmitida em ao vivo pela televisão pública NRK, a cerimônia foi marcada por uma emoção contida, com palavras que recordaram as vítimas e referências à dor causada pelos atentados, mas também foram deixadas muitas mensagens otimistas. “A luz brilha na escuridão e a escuridão não venceu”, disse o bispo de Oslo, Ole Christian Kvarme.
Em 22 de julho de 2011, Breivik começou o ataque jogando uma bomba de cerca de 1 tonelada perto da sede do governo. Essa primeira ação resultou na morte de oito pessoas e em vários danos em prédios do centro da capital norueguesa.
Pouco depois, disfarçado de policial, ele dirigiu-se para a Ilha de Utoya, onde a juventude do Partido Trabalhista organizava um acampamento de verão. Fortemente armado, Breivik matou a tiros 69 pessoas, na maioria jovens entre 14 e 20 anos. O extremista justificou o ato como uma resposta ao “perigo marxista” e à “multiculturalidade”. Ele garantiu que agiu sozinho e negou a existência de células de extrema direita organizadas no país.