Três novos métodos anticoncepcionais chegam ao mercado brasileiro. Cada um deles é o primeiro do gênero no País: um adesivo, um anel vaginal e uma pílula com um tipo diferente de hormônio. Para especialistas em planejamento familiar, quanto mais opções melhor para as mulheres. Os novos produtos devem estar nas farmácias ainda este mês.
O adesivo e o anel vaginal funcionam com os mesmos princípios ativos das pílulas. Por isso, também são contra-indicados para mulheres com pressão alta, diabete, trombose e câncer de mama. A vantagem deles é que os hormônios são absorvidos pela pele ou pela mucosa vaginal, caindo diretamente na corrente sanguínea.
“Não provocam náusea, um dos efeitos colaterais do anticoncepcional oral”, diz o ginecologista Nilson Roberto de Melo, do Setor de Planejamento Familiar do Hospital das Clínicas. Mulheres que sofrem com os efeitos gástricos e as que se esquecem de tomar a pílula ganham com o adesivo (trocado a cada semana) ou com o anel vaginal (que fica no corpo por três semanas).
A terceira novidade é uma pílula com drospirenona, um tipo de progesterona. “Por causa da ação diurética da substância, a mulher não incha e tem menos risco de aumento da pressão arterial “, afirma o ginecologista José Mendes Aldrighi, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e da USP.
Na opinião de Melo, o adesivo e o anel não substituirão a pílula, mas serão opções a mais para mulheres que não se dão bem com anticoncepcional oral. O ginecologista Mauro Abi Haidar, chefe do Setor de Ginecologia Endócrina e Climatério da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), vê um inconveniente no adesivo. “Essa forma de administração de hormônios já é usada para reposição hormonal e muitas mulheres reclamam de que o adesivo descola antes do tempo.”
Se isso ocorrer com o anticoncepcional, há risco de gravidez. O fabricante garante que o produto adere bem e suporta banhos de chuveiro ou de piscina.
fonte:Agência Estado