Em cartaz na Cinemateca, apresenta vários longas que marcaram a carreira do artista
A Cinemateca apresenta, neste final de semana, uma mostra de filmes sobre Mazzaropi. No local, serão exibidos longas que marcaram a carreira deste artista. Um dos destaques é o filme Jeca Tatu, que o tornou conhecido como o caipira do interior paulista. Confira esta dica do Portal do Governo do Estado e da Agência Imprensa Oficial.
Mazzaropi, na Cinemateca
Um dos comediantes mais conceituados da indústria cinematográfica brasileira completaria cem anos se estivesse vivo. Amácio Mazzaropi (9/4/1912-13/6/1981) é o homenageado da mostra de filmes da Cinemateca, neste final de semana, em duas sessões diárias. O paulistano, que também era diretor, roteirista e produtor, cresceu em Taubaté, começou sua carreira no circo, depois rádio, TV, e se consagrou um representante cômico da cultura popular no cinema nacional, conhecido como o caipira do interior paulista, no imaginário brasileiro. Encarnando tipos populares, se utilizava do deboche e da sátira no conflito entre o caipira e a cidade, questões agrárias e raciais, modernização e atraso, o cangaço, mudanças comportamentais. Foram produzidos 32 longas-metragens entre as décadas de 1950 e 1970. Em seu primeiro filme, Sai de baixo (1952), dirigido pelo cineasta e dramaturgo Abílio Pereira de Almeida, Mazzaropi é um humilde motorista proprietário de um caminhão caindo aos pedaços e lotado de tralhas. Acompanhado por seu cachorro, apronta todas as confusões possíveis envolvendo quem aparecer no caminho. A produção Jeca Tatu (1959), dirigida por Milton Amaral, foi recorde de bilheteria. Baseado no personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, narra o roceiro preguiçoso e simplório que vive na zona rural de uma cidadezinha do interior de São Paulo, com sua mulher e filha, e usa todo o seu jeito matreiro para conseguir seu cantinho de terra. O clássico trata com singeleza a figura do homem do campo e a questão da reforma agrária. O cineasta fundou em 1958 sua companhia, a PAM (Produções Amácio Mazzaropi), em Taubaté, e produziu filmes por conta própria, sendo primeiro lançamento o Chofer de praça. Em 1961, inaugurou seu estúdio de gravação, com Tristeza do Jeca (1961), primeiro filme em cores. A homenagem reúne ainda outras obras estreladas por Mazzaropi. Podem ser vistos clássicos do diretor em cópias restauradas pela própria Cinemateca: Zé do Periquito (1961), O lamparina (1963), Candinho (1953), Nadando em dinheiro (1952), Aventuras de Pedro Malazartes (1960). Confira programação no site www.cinemateca.gov.br.
Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207
Vila Mariana – Telefone (11) 3512-6111
Hoje, 18h30 e 20h30; amanhã, 19 e
21 horas; domingo, 18 e 20 horas
Ingressos: R$ 8 e R$ 4 (meia-entrada)
Entrada franca para maiores de 60 anos e estudantes de escolas públicas
Classificação: livre