Brasília – Brasília recebe a exposição educacional do projeto Rios Voadores. Um dos objetivos da mostra é conscientizar e valorizar a importância da preservação da Amazônia como essencial para as atividades econômicas do país (desde a agricultura até a indústria). A exposição traz fotografias, animações em telas de TV e vídeos para mostrar a valiosa contribuição da floresta amazônica para abastecer os recursos hídricos brasileiros.
O ambientalista e idealizador do projeto Rios Voadores, Gérard Moss, disse à Agência Brasil que o projeto analisa por meio de amostras de vapor de água as massas de ar que provêm da Amazônia trazendo umidade para outras regiões do Brasil. “A região amazônica recircula água. Numa árvore grande, por exemplo, pode-se evaporar até mil litros de água por dia, então a bacia amazônica é uma bomba de água, ajuda a colocar essa água na atmosfera”, disse Moss.
Gérard alertou que se a sociedade não cuidar melhor do meio ambiente, poderá perder todos os benefícios que a região amazônica oferece. “Seria um prejuízo não só para a região amazônica, mas para o país inteiro e principalmente para a economia do pais. O Brasil é campeão em chuva. Não tem país no mundo que recebe camada de água tão favorável para produção de energia, agricultura e outros setores”, explicou.
Nos últimos anos, Moss pilotou um avião monomotor seguindo e coletando as massas de ar na floresta amazônica. Após a coleta foram feitos estudos por cientistas do Brasil com intuito de mapear e entender melhor o fenômeno. “O desmatamento da Amazônia é preocupante, considerando a contribuição das florestas no deslocamento de vapor de água, que é essencial para o ciclo das chuvas da cidade”, disse à Agência Brasil.
Outro grande objetivo do projeto é seguir e monitorar a trajetória dos Rios Voadores procurando entender as consequências do desmatamento e das queimadas na Amazônia sobre o balanço hídrico do país e sua participação no panorama das mudanças climáticas.
Em 2011 de janeiro a março, 83% do vapor de água que saiu da região amazônica, chegou até o centro-oeste e sudeste do país. Brasília recebeu cerca de 20% do vapor de água.
Edição: Fábio Massalli