O CERTO, O ERRADO, O PREFEITO MALUCO E A TERRA DO SOL.

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O Brasil que todo brasileiro conhece é aquela terra maravilhosa; cheia de sol, mulheres bonitas e gente que adora agradar. Todo brasileiro sabe também que nosso país é a terra do faz de conta. O governo finge que cumpre os deveres constitucionais, os funcionários públicos fingem que trabalham, o cidadão finge que exerce a cidadania, o eleitor finge que vota, os políticos fingem que são sérios e todos se fingem de honestos e evoluídos cidadãos de primeiro mundo.

Mas, em nosso mais profundo íntimo, sabemos que nossas máscaras caem a todo dia e da forma mais constrangedora possível ao mínimo aperto ou contrariedade. É a propina paga para evitar a multa; o “agrado” pedido e dado sem cerimônias para que um funcionário público cumpra apenas o seu dever; o dinheiro que “cai do céu” e nos salva do aperto, mesmo que tenhamos acabado de ver a carteira em que ele estava guardado cair do bolso da pessoa que está a poucos passos de nós.

O certo e o errado podem conviver tão perto e de forma tão estranha em nosso país que fica até difícil distinguir realmente o que é certo do que é errado. Nossas leis (consideradas avanços por muitos especialistas) são na verdade entraves enormes ao nosso desenvolvimento por, simplesmente, incentivarem a criminalidade e a sensação de impunidade que permeia toda nossa sociedade.

A síntese de todo o faz de conta que é nosso país está bem exemplificada aqui no Rio de Janeiro na Cidade da Música. O ex-prefeito César Maia deixou a cidade padecer de uma epidemia de dengue; sucateou hospitais, escolas e postos de saúde; abandonou a manutenção da cidade e relegou as necessidades de seus cidadãos ao último plano de sua lista de prioridades.

Tudo isso para que fossem gastos mais de 500 milhões de reais numa obra que ainda está inacabada. Mesmo assim, o ex-prefeito exigiu que ela fosse inaugurada para que uma placa com seu nome pudesse figurar neste monumento a inutilidade e ao desperdício.

Mas não para por aí. Com a posse do novo prefeito, uma vistoria no local da obra mostra muito bem o que foi feito com todo esse dinheiro: Mesmo o prédio estando de pé e “inaugurado”, não há coleta de esgotos e nem as tubulações foram feitas.

Ou seja, desses mais de 500 milhões de reais, nenhum centavo sequer foi usado para instalarem-se os esgotos do prédio. Algo que, como sabemos, deve ser feito logo no início da obra. Agora, um montante substancial deverá ser investido para destruir o que foi construído; instalar-se os tubos de esgoto e reparar os danos feitos para a abertura das valas onde a tubulação deverá passar.

Em qualquer outro país; César Maia estaria preso e algemado. Mas por aqui, na terra do faz de conta, ele vaga sereno e sorridente pela zona sul, frequentando lugares bonitos e elegantes e sendo respeitosamente chamado de prefeito.

Viu como, por aqui, o certo e o errado podem ser confusos?

Pense nisso.

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O CERTO, O ERRADO, O PREFEITO MALUCO E A TERRA DO SOL.

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