Antes que fossem descobertos os germes, a humanidade tinha uma resposta pronta para a causa de todas as doenças. Fosse qual fosse, de uma simples dor de cabeça a até um câncer monstruoso; a causa única era: Maus Espíritos.
Você pode imaginar que isso ocorria nas tenras horas da raça humana. Mas pode se assustar em saber que nos dias de hoje, muitas pessoas pensam assim. Para muitos, um mal estar, uma doença grave ou qualquer problema que esteja causando sofrimento; pode ser fruto de uma “magia”, “um trabalho feito” ou “uma maldição”.
Desse quadro de falta de maturidade espiritual e de pouco conhecimento sobre a origem e os sintomas de doenças comuns ou não; uma legião de espertalhões “bem” intencionados espera ávida para “te ajudar”. Aproveitam-se da ingenuidade de pessoas que buscam, em sua ignorância espiritual e material, alívio para um sofrimento.
E não pense que isso só acontece com feiticeiros e bruxos na acepção da palavra. Os “bruxos” modernos e os “curandeiros” atuais; muitas vezes valem-se de seu estudo e sua posição acadêmica privilegiada como médicos e atuam como se fossem verdadeiros estelionatários de branco.
Ontem (25/11) assistimos no Fantástico da Rede Globo de Televisão, duas histórias parecidas. Em uma, um médico “pesquisador” em um caro consultório de São Paulo, fornecia um “remédio experimental” que curava de tudo: De espinhela caída até câncer terminal. Sem qualquer exame e mesmo sem ver suas vítimas, digo, pacientes; ele receitava um remédio milagroso de sua formulação e que estava em fase de testes em humanos. Como poderia ser preso, já que a experiência era “não autorizada”, tudo tinha que ser feito “na encolha”. Claro que um preço módico estava em questão. Afinal, em suas próprias palavras; ele era péssimo com dinheiro. A cura milagrosa custava R$ 15.000,00 o frasco que continha, pasmem, óleo de peixe. O mais fantástico ainda era que a clientela era grande.
Na outra, um “bruxo” cobrava cinqüenta reais por uma “consulta”, onde detectava os “trabalhos” feitos contra os clientes. Para “desfazer” a macumba, valores que iam de R$ 300,00 a até R$ 30.000,00. Passando por despesas de viagem e hospedagem em lugares paradisíacos onde os trabalhos haviam sido “enterrados”. O “cliente” é claro, nunca podia acompanhá-lo nessas “expedições libertadoras”. Mas, como homem honesto que era, trazia um vídeo como prova do “desenterro” do trabalho. Isso sem contar as investidas sexuais nas clientes, para “limpar” as cargas negativas.
Tanto este quanto o outro charlatão, atuavam há muito tempo e convertiam seus roubos em bens dos mais variados tipos; deliciando-se com o butim conseguido de seus ingênuos e fiéis “clientes”.
Como alguns “sacerdotes” conhecidos, esses senhores valem-se da crendice, da falta de cultura e da ingenuidade das pessoas, como eu já disse. Contudo, contam com o fator mais importante nessa cadeia de eventos: O desespero das vítimas.
Antes de apelar para o sobrenatural, tenha em mente que os mortos nada podem fazer por nós ou contra nós. Deitados em suas covas frias, estão alheios e distantes de nossos problemas e doenças. Já se livraram disso tudo e, duvido muito que estariam dispostos a abandonar a paz e a serenidade de suas posições atuais, para vir aqui e arrumar “problemas” para alguém.
No fim: tudo, mas tudo mesmo, tem haver apenas com dinheiro. Pastores, padres, bruxos, médicos canalhas e todos os que se aproveitam das pessoas ingênuas que os procuram; querem apenas uma coisa: parasitar e enriquecer a si próprios. Pense nisso.
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