Câncer Infantil e Terapias Auxiliares

O câncer continua sendo um assunto muito delicado, e por vezes encarado até como um tabu, principalmente quando se trata do câncer infantil. A complexidade deste assunto me levou, no ano de 2004, a pesquisar sobre o tema focando a pesquisa na utilização da “terapia do riso” e paralelamente a ação de ong’s e grupos que realizam estes trabalhos, com o objetivo de verificar se existe influência entre estas terapias auxiliares e melhora do quadro no tratamento do câncer infantil.

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É importante observar o desenvolvimento da criança, que mesmo doente continua acontecendo e essa é uma das funções do psicólogo dentro da psico-oncologia, orientar os pais e profissionais da saúde, conscientizando que a criança possui um lado saudável e é este lado que deve ser explorado até mesmo para melhoria do quadro da doença.

O riso é uma manifestação fisiológica, que ativa nervos e músculos, causando efeitos sobre a circulação, respiração e outros sistemas, libera endorfina e serotonina, substâncias responsáveis pela sensação de bem estar e alívio da dor, aumenta a pressão arterial, a freqüência cardíaca, a quantidade de oxigênio captado pelos pulmões e facilita a saída do gás carbônico, e fortalece as defesas do corpo.

Freud explica em “Os chistes e sua relação com o inconsciente”, que o humor é uma eliminação da censura, um mecanismo de defesa presente nas pessoas que são mostradas por “transferência” de objetos ou situações. Assim, o humor consegue contornar um obstáculo e retirar uma forma de prazer que este mesmo obstáculo lhe privava, achando uma fonte de prazer no que foi inibido e reprimido.

Analisando contextos culturais, foi observado que o palhaço é o único arquétipo presente em todas as culturas do mundo e em todas as etapas de evolução da humanidade. Sem ter medo de ser ridículo, o palhaço é curioso e só descobre o significado das coisas somente depois de explorado, tornando-se divertido e inesperado. A sua capacidade de transformar fatos geradores de tensão em momentos engraçados, ajuda a lidar com a vulnerabilidade humana, a superar dificuldades, estimulando diferentes reações de comportamento.

Em 1986, um palhaço americano chamado Michael Christensen, sugeriu fazer uma visita às crianças de um hospital de Nova York que não puderam comparecer ao circo, assim começou um projeto chamado ‘Clown Care Unit’, que consistia num grupo de artistas especialmente treinados para levar alegria às unidades hospitalares.

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Em 1991, um integrante deste grupo (Wellington Nogueira) trouxe o projeto ao Brasil, fazendo com que a partir daí surgissem projetos similares como os Doutores da Alegria, Risomundi, Viva e Deixe Viver, Projeto Arco-Íris, Projeto Felicidade e muitos outros que têm como proposta realizar visitas semanais às crianças hospitalizadas com o objetivo de devolver às crianças a felicidade e o prazer de vida que raramente apresentam quando são hospitalizadas, fazendo com que liberem suas fantasias e criatividade.

No vídeo Globo Ciênica Saúde de 1995 a psicóloga e orientadora do grupo Doutores da Alegria, Morgana Masetti diz que após as visitas do grupo 57% dos pais das crianças internadas percebem uma mudança positiva no comportamento delas, tornando-se mais ativas e dispostas. Estes trabalhos tendem a colaborar com o processo de humanização hospitalar e acelerar o processo de recuperação física e psicológica da criança em tratamento.
Apesar de ser comprovado que estes artistas e voluntários acabam tendo um papel fundamental na recuperação dos pacientes, é importante lembrar que a atuação destes grupos não tem objetivo terapêutico, mas sim uma interação artística entre o paciente, médico e doença.
As terapias auxiliares realizadas dentro de hospitais são baseadas na expressão do que normalmente é inibido e reprimido, os trabalhos lúdicos realizados por psicólogos, permitem tratar de maneira mais fácil os assuntos e problemas que afetam as crianças e tudo em torno delas, possibilitando um melhor tratamento e dando mais força e coragem à criança, para que no caso de pacientes cancerosos, passem a enfrentar melhor a doença.

Esta pesquisa rendeu uma bela apresentação de um painel no I Congresso Latino-Americano da Psicologia – ULAPSI, realizado em abril de 2005 no Memorial da América Latina. Confira a programação completa deste e de outros trabalhos clicando na imagem ao lado.

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