Assistir ao discurso de FHC ontem (23/11) foi entrar num túnel imaginário que me conduziu a uma era estranha. Um lugar, onde o que era poderia não ser; e o que não era, refletia a verdade.
Para alguns brasileiros saudosistas e de curta memória, FHC é tido como um líder, um homem honesto e preocupado com o futuro de sua nação. Um homem estudado e culto, com largo trânsito entre os cérebros mais privilegiados do mundo. Mas, diferentemente disso, quem tem boa memória lembra-se de um FHC bem diferente deste que proferiu o discurso de ontem.
Um homem fraco, sem iniciativa, preocupado em manter a imagem de governante de sucesso a qualquer custo, e que levou o país à beira da banca-rota internacional. Um político incompetente que vendeu seus dois governos aos banqueiros nacionais e internacionais e vendeu o patrimônio da nação a preços ridículos; com a desculpa de investir os recursos na saúde, na educação e na segurança.
A verdade, é que tanto o dinheiro, quanto os investimentos, desapareceram sorvidos na dura realidade da mentira. Nunca se soube aonde foram parar os bilhões de dólares arrecadados com as vendas das estatais. Como também, nunca se soube do paradeiro da montanha de milhares de toneladas em minério de ferro de propriedade da Vale do Rio Doce; e que valiam bilhões. Tal fortuna, simplesmente “deixou de existir” nos relatórios de avaliação de preço para a venda da estatal. O mais bizarro, é que após a venda por um valor muito aquém do que ela valia; essa fortuna em minério de ferro ressurgiu de algum vórtice temporal e fez a, agora privatizada Vale, valorizar suas ações e seus ativos em bilhões.
Esse mesmo FHC que afirma que “aqui falamos bem o português e vamos lutar para que todos possam fazer o mesmo”; em oito anos de governo, não construiu uma única escola de “pau-a-pique”. Quem fez universidade em sua era, através do crédito educativo, sabe que praticamente foi necessário prostituir-se para pagá-lo.
Esse mesmo FHC que posa de “líder altruísta”, salvou da falência uma conhecida empresa de TV a cabo; graças a um estranho empréstimo salvador do BNDES, na base do “pai-para-filho”. Estranhamente, comenta-se que a tal empresa teria descoberto um herdeiro bastardo dele. E o silêncio teria sido pago com os cofres da nação.
Esse mesmo FHC reduziu o país e os trabalhadores a uma massa sem condições de sobreviver. Exaurindo as reservas da nação apenas para manter artificialmente, a pseudo-estabilidade que enganava as massas. Aqueles que o apóiam, foram os pais da CPMF e criaram os mecanismos para que sua arrecadação fosse desviada de seu fim original. Os que hoje reclamam dos altos impostos; foram os que criaram esses impostos.
Portanto, caro leitor, não se deixe enganar por palavras bonitas e de efeito. Ele está certo quando diz que a educação e a instrução são necessárias. Isso é a mais pura verdade. Pois só um povo instruído e letrado, com condições de raciocinar e avaliar situações pode evitar as manipulações e as tentativas de enganá-lo. E isso eles temem. Lembre-se que nossos políticos preocupam-se apenas consigo mesmos. Falam, gritam, esperneiam e dizem que vão lutar por você. Mas, quando chegam lá, preocupam-se apenas com eles mesmos. FHC já provou que ama tanto o Brasil, que foi morar em Paris. Provou tanto que é honesto, que não explicou até hoje de onde veio o dinheiro para a construção do Instituto FHC em São Paulo. A justiça ainda espera que ele mostre como desapareceram, para logo depois reaparecerem, as toneladas de minério de ferro da Vale. A justiça quer saber, para onde foram os bilhões arrecadados com as privatizações.
Infelizmente, conhecendo a presteza e o empenho de nossos tribunais, essas informações só serão descobertas quando todos estiverem mortos e enterrados. Ou os crimes prescritos. Afinal, FHC pode ser tudo; menos imbecil.
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