Promover a inclusão social de toda a população da cidade é uma das prioridades da atual administração de Santana de Parnaíba. No caso das pessoas portadoras de necessidades especiais, o objetivo não é diferente, tanto que para marcar o “Dia do Surdo”, comemorado em todo o País na última segunda-feira (26/09), a Prefeitura local promove uma semana inteira de oficinas de capacitação em Língua Brasileira de Sinais (Libras), com os profissionais que atuam na Rede Municipal de Saúde, visando melhorar o atendimento e a comunicação entre ambas as partes.
As oficinas de capacitação em Libras acontecem entre os dias 26 e 29/09, em várias unidades de saúde da cidade, que são: Unidade de Saúde Avançada (USA) Parque Santana, Unidade Básica de Saúde (UBS) Dr. Álvaro Ribeiro (localizada no Centro), USA Cidade São Pedro e no Centro Integrado de Saúde (CIS) Fazendinha. Ao todo, serão atendidos com este trabalho cerca de 90 profissionais da área de saúde.
De acordo com a supervisora técnica da área de fonoaudiologia, da Secretaria Municipal de Saúde, Milene Groothedde, esta ação é fundamental para a inclusão dos portadores de problemas auditivos do município. “A ideia de realizarmos oficinas direcionadas aos profissionais que trabalham nas diversas unidades da Rede é de melhorar o atendimento desta parcela da população, por meio de uma capacitação dos profissionais da área”, ressalta a fonoaudióloga Milene.
Ações permanentes
A realização dessas oficinas integra as diversas ações promovidas pela municipalidade em prol da qualidade de vida dos portadores de problemas auditivos na cidade. Um dos projetos é o “Coral Mãos em Canto”, que é desenvolvido por meio de uma parceria entre as Secretarias Municipais de Saúde e de Cultura e Turismo, com um grupo de surdos, desde agosto deste ano.
Por meio desta atividade, um grupo de surdos da cidade, ainda que não possam cantar e ouvir músicas, provam que conseguem interpretar as ações, usando as mãos durante as apresentações do Coral do Centro Cultural Artístico Municipal (CCAM), que é mantido pela Secretaria de Cultura e Turismo.
Esta iniciativa é uma forma de estimular a comunicação por meio da Libras, além de valorizar a auto-estima, a disciplina, a responsabilidade, a solidariedade, o senso crítico, encorajando os portadores de problemas auditivos a se apresentarem em público. Os ensaios são acompanhados por uma professora de canto, da Secretaria de Cultura e Turismo, e por uma fonoaudióloga especializada em educação de surdos, da Secretaria Municipal de Saúde.
No município, ainda, usuários de aparelhos auditivos, doados pela municipalidade, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e do Fundo Social de Solidariedade, contam com serviço de acompanhamento, no qual eles são monitorados e recebem toda a orientação necessária para sua melhor adaptação ao instrumento. Isso porque, o aparelho auditivo requer ajustes periódicos, que são realizados por fonoaudiólogas especialistas, que atendem no Centro de Especialidades Parnaibano (CEP).
Além de dar atenção aos portadores de problemas auditivos, seus familiares também são atendidos nos ambulatórios da Rede Municipal de Saúde, com curso gratuito de Libras, ministrado por uma equipe de fonoaudiologia. Esta ação tem como objetivo promover, da melhor maneira possível, o desenvolvimento e aprendizado dos pacientes, por meio da promoção de uma comunicação mais ampla, que se estabelece no ambiente familiar.
Atualmente, são atendidos na Rede Municipal de Saúde em torno de 30 pacientes portadores de problemas auditivos. As aulas de Libras para pais de surdos são realizadas no CIS Fazendinha, uma vez por semana, e, além do aprendizado da linguagem de sinais, eles aproveitam o espaço para trocar experiências e obterem esclarecimentos sobre a surdez e dificuldades e características de cada um.
Detecção de problema auditivo
Para detectar com eficácia os portadores de problemas auditivos, a Prefeitura oferece aos munícipes o exame gratuito de audiometria tonal e vocal, que é realizado pelas fonoaudiólogas no CEP. Esta medida atende a todas as faixas etárias e tem como objetivo identificar a mínima intensidade em que a pessoa escuta e avaliar a discriminação e o reconhecimento da fala.
A avaliação é realizada em uma cabine acústica e detecta possíveis perdas auditivas. Já com as crianças menores de três anos, é realizada a audiometria comportamental, em que as fonoaudiólogas observam a reação da criança perante os instrumentos sonoros tocados em diversas direções e intensidades.
Os sintomas
Os sintomas mais comuns e que podem estar relacionados a problemas auditivos, muitas vezes, levando até a uma perda de audição, são inúmeros, valendo destacar alguns, como sensação de ouvido tapado, dificuldade para compreender o que as pessoas falam, dificuldade para localizar o som, zumbido ou barulho no ouvido, tontura, infecção ou dores de ouvido, entre tantos outros.
Portanto, é recomendado que as pessoas que estejam com alguns desses problemas ou mais associados, devem procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência, para que um otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo faça uma avaliação auditiva. E, caso seja necessário, as encaminhem para a realização de exame de audiometria no CEP.