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O Rio de Janeiro sempre teve a fama de ser uma zona conflagrada e uma verdadeira terra de ninguém. Bandidos fortemente armados vagavam pelas ruas e faziam o que queriam diante da passividade e a conivência das autoridades policiais.
É inegável que a coisa mudou um pouco. Com o sucesso das UPP’s os criminosos violentos são empurrados para áreas mais afastadas ou mesmo para o interior do estado. Já não se vê mais com tanta frequência os famosos “bondes” (comboios de marginais que atravessavam a cidade livremente) e as coisas parecem estar se encaminhando para um nível de violência “tolerável” como toda grande cidade pelo mundo a fora tem.
Competência do governo? A escolha de um secretário de segurança excepcionalmente talentoso? A descoberta de uma “chave mágica” ou de um “calcanhar de Aquiles” dos marginais cariocas?
Claro que não. É apenas a adoção parcial do que todos os possuidores de mais de dois neurônios ou se preocupam realmente com a situação caótica que vive a segurança pública já pediam há anos; mas, graças ao populismo eterno de nossos políticos e a ideia de que combater o crime nas favelas é ser “inimigo dos pobres” foi necessária a realização de um evento de porte internacional na cidade para que medidas corretas fossem aplicadas para acabar com a farra da bandidagem.
Mesmo assim, ainda sob o ranço populista e principalmente sob a maldita preocupação com a próxima eleição imediata; o governo do estado optou pela estranha política de avisar a bandidagem e permitir sua fuga para áreas afastadas da visão da “grande imprensa” ou mesmo dos turistas.
Com isso, o interior do estado; áreas da região metropolitana que antes experimentavam níveis toleráveis de violência ou mesmo regiões de relativa paz se tornaram sucursais do inferno ao serem tomadas de assalto pela bandidagem em fuga.
Agora, o populismo do oportunista que ocupa o governo do estado é colocado em xeque ao ser confrontado com a dura realidade de sua incompetência. Ao deixar os marginais fugirem para evitar o confronto e as manchetes negativas com as possíveis mortes de inocentes; além da pressão das entidades de direitos humanos (que acham serem os marginais vítimas da sociedade e não o contrário) responsáveis pela ideia de que marginal recebe a polícia com flores ao invés de tiros, o governador se vê diante do mesmo dilema que tentou evitar.
Sua política de aviso prévio provoca agora a mortandade de inúmeros inocentes nas comunidades invadidas pelos marginais em fuga e a necessidade de uma repressão ainda mais violenta por parte da polícia. Já que, uma vez que acuados e sem opção, os marginais pretendem defender os territórios remanescentes com mais ferocidade. Assim, o populismo mostra sua cara ao fazer ruir uma boa ideia e a demonstrar que uma verdade maquiada sempre teima em deixar cair a sua máscara na pior hora possível.
Ao invés de fazer o certo – cercar as favelas com as forças armadas e ir de casa em casa revistando tudo em busca dos marginais e de suas “ferramentas de trabalho” – se optou por uma política de “camaradagem” com o crime e pela conivência acintosa com os marginais.
Nada que se estranhar de um governador omisso, populista e totalmente dissociado das verdadeiras aspirações do povo do estado que governa. Político de uma nota só, Sérgio Cabral prende-se ao relativo sucesso das UPP’s enquanto a saúde, a educação e vários outros setores da administração pública fluminense naufragam solenemente abandonados e esquecidos enquanto ele viaja e flerta, de forma cada vez mais suspeita, com empresários. Chegando a ponto de violar a lei abertamente ao dar incentivos fiscais para empresas devedoras ou condenadas pela justiça por crimes contra o erário público.
Pense nisso.
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