ELEIÇÕES, VOTOS E O BALANÇO DO PODER.

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Hoje (04/11) a nação mais poderosa do planeta vai as urnas escolher o seu novo mandatário. A disputa, entre um negro liberal e um militar conservador, vai muito além dos preconceitos e das tacanhas atitudes americanas. Muito longe dos sonhos de grandeza e da ilusão de importância que nós Sul Americanos temos em relação a nossa posição frente a um ou outro; a vitória de Barack Obama representará um “tapa na cara” do atraso preconceituoso e do retrogrado pensamento político de muitos americanos.

Finalmente, se a vitória de Obama se confirmar, os americanos poderão ter pela frente quatro anos para entender que o ridículo conceito de raça é apenas isso: ridículo. E que o ser humano deve ser julgado sempre por suas ações e por seus exemplos; nunca pela cor da sua pele.

O fim da era republicana; representará uma longa caminhada rumo ao resgate da imagem americana (totalmente arruinada pelos oito anos de Bush). A busca pela consolidação da força militar e da diplomacia da mais importante nação do mundo deverá ser a meta principal de Obama e o guia mestre de seu governo.

Resgatar a simpatia duramente construída no governo de Bill Clinton e rapidamente demolida pelos bulldogs republicanos de Bush e Cheney que buscaram apenas o enriquecimento. Mesmo cobertos de razão ao se defenderem dos ataques terroristas; erraram ao disfarçar numa causa justa os odiosos interesses capitalistas e a busca pelo domínio e o estabelecimento de uma “cabeça de ponte” no coração petrolífero do planeta.

A tragédia e o ódio que a administração republicana criou, dificilmente serão apagados por Obama nesses quatro anos. As seqüelas e as desconfianças ainda estarão muito fortes e talvez isso seja algo impossível até mesmo por gerações inteiras.

A Obama; restará a missão de acalmar os sedentos de sangue, restabelecer uma convivência pacífica e respeitosa com seus desafetos americanos e estrangeiros e, principalmente, resgatar os Estados Unidos de um dos piores atoleiros econômicos desde a Grande Depressão.

O gigante está doente e cambaleante. A cura pode ser a vitória de Obama. A esperança e as expectativas criadas com essa possibilidade são de tal ordem que, se ela não se confirmar, é bem capaz dos americanos mergulhares numa depressão profunda. Se não econômica; espiritual.

Hoje, muito provavelmente até os fantasmas dos grandes líderes americanos do passado se levantarão para votar em Obama e tentar salvar o seu país do continuísmo desastroso e do marasmo racista e cultural em que a América está mergulhada há muito tempo.

Se McCain ganhar? Bem; aí é outra história…

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