ESN: 16675-080201-838850-87
Apesar do que o título do artigo possa suscitar, ele não falará sobre futebol ou qualquer outro esporte. O assunto aqui é política. Mas aquela política feia e suja que estamos “carecas” de ver e de conviver. A política que, ao invés de resolver problemas, varre todos eles para baixo de um tapete alienista e faz do povo apenas um espectador perdido no meio de uma confusão geral.
Recentemente escrevi vários artigos sobre o resultado das eleições municipais aqui no Rio de Janeiro. A vitória de Eduardo Paes e o descumprimento de suas promessas mirabolantes (já no primeiro dia após a vitória), lançavam as bases do que será o seu governo e sua atuação frente à prefeitura de nossa cidade.
Mas, como ele mesmo disse: “Ele está totalmente entrosado com o governador Sergio Cabral”. E é a mais pura verdade. A ineficiência e o total amadorismo que Sergio Cabral vem demonstrando a frente do governo do Estado do Rio de Janeiro; terá em Eduardo Paes o seu espelho municipal.
A crise na saúde é grave e se arrasta desde o início do segundo mandato de César Maia e do Primeiro mandato do funesto casal Garotinho. As promessas que levaram Cabral ao poder e a esperança do povo de melhorias nessa área ficaram no passado e no esquecimento. Numa postura do político que “joga pra galera”; Cabral chamou os médicos de safados e vagabundos em frente às câmeras; mas esquece de mostrar que muito pouco foi feito para reverter a situação caótica da falta de médicos e do sucateamento dos hospitais.
Da mesma forma, a recente fuga do “Batman” deixou bem claro a fragilidade da segurança interna e externa das unidades prisionais administradas pelos escolhidos de Cabral. Como é possível que, num presídio de “segurança máxima”, câmeras de vigilância fiquem desativadas por vários dias sem que ninguém fique sabendo? Como explicar que o detector de metais caríssimo e apresentado por Cabral como a solução de todos os problemas da unidade funcionou apenas no dia de sua inauguração e no dia da apresentação do equipamento para a imprensa?
Como explicar que para entrar num presídio de “segurança máxima” e retirar um preso de alta periculosidade de lá, basta apenas um ofício assinado por um enfermeiro e a apresentação de carteirinhas que qualquer adolescente com um bom scanner e um computador de segunda linha podem clonar? Porque não houve uma checagem de identidade? Porque não há a verificação, por meios eletrônicos rápidos e eficientes, das impressões digitais de todos os que trabalham com presos ou ligados ao sistema prisional?
Soluções simples e não muito dispendiosas que teriam evitado a fuga. É claro que a corrupção destrói qualquer medida de segurança. Mas determinados procedimentos podem dificultar a ação dos corruptos ou identificá-los muito rapidamente para que sejam punidos.
Na verdade, o que falta é ação, empenho e vontade de fazer. O que sobra, é o governo para a mídia, para a torcida e para “dar espetáculo”. Mostrar indignação e chamar todo mundo de vagabundo e safado é lindo e causa muitas lágrimas de contentamento de senhoras idosas e esperançosas na TV.
A prática é que Sergio Cabral vem fazendo exatamente o que fez durante os anos que apoiou cegamente o casal Garotinho quando era senador e (antes) presidente da Câmara de Deputados: Absolutamente nada.
Ele apenas “joga para a galera” e espera “aparecer bem na fita” para disputar uma eleição para algum bom cargo em 2010. Pensa, até mesmo, na vice-presidência da República. Enquanto isso; os policiais civis do Rio têm de unir-se aos colegas de São Paulo para decretarem uma greve e prejudicar toda a população; apenas para poderem ser ouvidos pelo governador. O mesmo que prometeu “dobrar efetivos e melhorar salários”. O mesmo que “tinha todas as soluções”. Mas que, até agora, só apresentou problemas insolúveis.
Aqui no Rio, a arquibancada anda cheia de palhaços. A galera, totalmente alienada e a torcida continua desorganizada e apática. Enquanto isso, políticos “messiânicos” invadem o gramado e rebolam para as câmeras expondo suas promessas mirabolantes e vazias.
Enquanto isso; nós é que ficamos na zona do rebaixamento.
Nota do Editor: Complemente a leitura deste artigo com este outro excelente artigo sobre a política no Rio de Janeiro escrito no blog Caso de Polícia.
armações, burradas, cabral, eduardo, fuga, janeiro, paes, presídio, promessas, rio, sergio, vazias
a
A ARQUIBANCADA, A GALERA E A TORCIDA DESORGANIZADA.
No related posts.