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Quem assistiu ao debate entre Fernando Gabeira e Eduardo Paes transmitido pela rede Record na noite de domingo (19/10) pode perceber claramente que Eduardo Paes deu com os burros n’água.
Preocupado mais em atacar Gabeira e repetir a todo tempo que o candidato opositor não sabe o que vai fazer com a cidade (apesar de Gabeira destacar propostas interessantes e realistas constantemente); Eduardo Paes foi profundamente infeliz ao tentar ridicularizar as propostas de Gabeira em relação ao uso de aviões não tripulados no combate a dengue e afundar navios na costa carioca.
Em tom jocoso, Paes perguntou porque Gabeira insistia em lançar “propostas mirabolantes” como estas. E que a população pobre da cidade queria muito mais saúde e educação. Sempre muito lúcido e seguro, Gabeira falou que o uso de aviões não tripulados de propriedade do ministério da defesa seria de suma importância para detectar possíveis acúmulos de água em prédios altos e em lajes onde os mata mosquitos não podem chegar. Quanto a afundar navios na costa carioca, Gabeira citou experiência exitosas no mundo todo com a formação de recifes artificiais através da submersão de navios e estruturas que se tornam viveiros de peixes; o que incentiva a pesca e o turismo nessas localidades. Com isso, o fomento no fluxo de turistas aumentará as divisas despejadas na cidade e, conseqüentemente, a arrecadação da prefeitura. Gerando assim, mais recursos para serem gastos em educação e saúde e mais empregos para as comunidades carentes. E, só para arrematar; disse que a população estava cansada de discursos demagógicos como o de Eduardo Paes. Visivelmente percebendo que dera um tiro no próprio pé; Paes desconversou e mudou o assunto “de fininho”. Foi simplesmente hilário.
Exatamente como Geraldo Alckmin na campanha presidencial, Eduardo Paes insiste com o batido e inexplicável discurso repetido da luta entre Zona Sul e Subúrbio; entre ricos e pobres. Esse discurso é perigoso porque cria uma divisão que absolutamente nunca existiu na cidade e provoca uma visão deturpada da realidade política; obscurecendo propostas que podem ser boas de ambos os lados e polarizando a eleições numa luta de classes ridícula.
Como se houvesse um sentimento de derrota prévia, o PMDB fisiológico como sempre, atua por trás de Paes com toda a máquina propagandista e derramando uma infinidade de panfletos e e-mails apócrifos com textos que procuram comprometer Fernando Gabeira em todo tipo de barbaridades; da legalização das drogas até a prática livre de abortos. O que, logicamente, é impossível para um prefeito autorizar ou patrocinar.
O TRE e o TSE, como sempre, assistem a tudo impassíveis e limitam-se a reclamar do “mau tom” da campanha. Como se isso fosse resultar em alguma mudança de atitude. As forças fisiológicas e retrogradas que desejam permanecer no poder a qualquer custo, reagem pesadamente e usem-se em torno de Eduardo Paes para garantir a continuidade da mesmice e do marasmo aqui no Rio de Janeiro.
Ao eleitor, resta apenas imaginar porque os partidos de esquerda fugiram de Gabeira assim que ele afirmou o compromisso de não leiloar cargos; correndo para Eduardo Paes e o PMDB. E porque os organismos fiscalizadores não punem de forma rápida e decisiva as pessoas que divulgam essa propaganda suja e que apenas serve para tumultuar a eleição e desinformar o eleitor.
Será tudo isso movido apenas pelo altruísmo?
Pense nisso.
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GABEIRA, EDUARDO PAES E AS MIRABOLÂNCIAS.
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