BRASIL, PARAGUAI, ÓDIO, POPULISMO E O FIM DE UMA AMIZADE.

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A ascensão do populismo na América Latina e a cópia do modelo belicoso de governar de Hugo Chávez por países menos expressivos como o Equador, a Bolívia e o Paraguai criaram um verdadeiro mar de ódio e um recrudescimento de preconceitos adormecidos há séculos. O antigo estratagema que políticos sem substância criavam para empurrar os problemas de seus países, os quais não tinham competência para resolver, para as mãos dos culpados de sempre (os estrangeiros) voltou à moda com força total nessa nova era populista que assola nosso continente.

A Venezuela se transformou num país de uma única fonte de riqueza; o petróleo. Graças a isso, as carências diárias de gêneros alimentícios e de diversos outros elementos necessários à vida normal de um povo, levaram seu presidente a culpar desde os Estados Unidos até os lacaios dos americanos. Logicamente, a culpa pelas mazelas que ele mesmo provocou nunca lhe pertence.

Na Bolívia o governo extremamente incompetente que ao invés de conclamar uma união nacional para efetuar grandes reformas e melhorar as condições de vida de um povo pobre e sofrido; deixou-se seduzir pelo discurso pré-fabricado de Chávez e resolveu trilhar o caminho inverso inventando uma batalha entre ricos e pobres que dividiu a nação e quase os levou a uma guerra civil. Isso sem contar com o quase total colapso econômico e a ausência de qualquer investimento estrangeiro de monta por lá. A culpa de tudo foi novamente atribuída aos americanos e até a nós: lacaios imperialistas e sanguessugas agourentas.

O Equador quis tirar “uma casquinha” e aproveitando-se de um desastre natural impôs inúmeras condições para uma empresa brasileira continuar atuando naquele país. Mesmo após a empresa ter aceitado todas as exigências e as vésperas de um referendo constitucional; o presidente demonstra “sua força” expulsando a empresa e dizendo que não honrará os compromissos assumidos como Brasil e informa que dará um calote no vultoso empréstimo que recebeu do nosso BNDES.

Agora, a “bola da vez” é o Paraguai. Sem propostas e sem ter como implementar qualquer reforma num país cujo governo é uma mera formalidade e onde a corrupção e o crime mandam mais que qualquer autoridade constituída; o presidente paraguaio elegeu o Brasil como alvo de suas manifestações de ódio e de seu desejo de aparecer para o populacho.

Como resultado, brasileiros que compraram terras legalmente e que trabalham e geram riqueza naquele país; agora vêem suas propriedades e suas vidas ameaçadas. Os “imperialistas tupiniquins” estão sendo ameaçados por grupos que exigem que o governo paraguaio tome as terras pelas quais pagaram e nas quais produzem riquezas e divisas para aquele país.

A postura de “bom moço” do governo Lula foi, desde o início, apontada como perigosa e contrária aos nossos interesses internacionais. É claro que ninguém imaginaria uma declaração de guerra no caso da Bolívia ou coisa parecida. Os bolivianos tinham todo o direito de fazerem o que fizeram. Contudo, uma posição firme e a exigência de um pagamento e de uma indenização pesada (dentro dos valores internacionalmente aceitos); evitaria uma série de dores de cabeça que se seguiram a nossa atuação fraca durante a crise boliviana.

Além disso, já no caso do Equador e agora no do Paraguai, faz-se de suma importância enviarmos um recado rápido; tácito e forte. Deixando bem claro a esses países que eles dependem muito mais de nós do que o contrário. Agir duramente e de forma contundente para dar um recado que não possa ser ignorado pelos os populistas de plantão de que o Brasil não tolerará chantagens e ameaças a seus cidadãos. Cortar investimentos; suspender ou dificultar o trânsito de produtos nas fronteiras e congelar bens de empresas e autoridades desses países em nosso território seria o suficiente para provocar um colapso econômico sem precedentes nessas nações. Exatamente como sofreu o Paraguai quando a Ponte da Amizade foi fechada algum tempo atrás.

Chegou a hora de mostrar com um soco na mesa que o Brasil não pode ser tratado como se fosse um “paiseco” de quinta por nações que são extremamente dependentes de nós. Mesmo na diplomacia mais competente; existem horas em que o recado deve ser dado com força e com o devido peso. Pois só assim os populistas e os oportunistas de plantão pensarão trezentas vezes antes de se aventurarem contra nós e contra nossos cidadãos.

Se eles querem o fim de uma amizade e de um relacionamento positivo que perdura há mais de um século em nome do populismo e do ódio; que assim seja.

E você leitor, o que acha disso?

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