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Era um pouco mais de cinco da manhã de sexta-feira, 11 de fevereiro. O sol nem havia nascido, mas Pedro Paulo queria nascer, já tinha esperado 42 semanas no ventre de sua mãe, Flávia Cristina dos Santos. Queria nascer ali mesmo, na rua Paternon, na Vila Porto – a 500 metros da sede da Secretaria dos Assuntos de Segurança de Barueri, que abriga a Guarda Municipal de Barueri.
A bolsa rompida e as fortes contrações sentidas por Flávia foram o sinal para que seu marido, Ednílson Rodrigues da Silva, discasse para a Guarda Municipal. “A primeira coisa que me veio à cabeça foi ligar no 153 da Guarda”, comentou Ednílson, que trabalha como pintor de automóveis. “Eles vieram rapidinho, não deram nem 2 minutos.”
A viatura 217 da GMB chegou à residência do casal e foi recebida com o nervosismo do pai. “Ele estava desesperado, dizia que não ia dar tempo e que a criança ia nascer”, relembrou Rogério Oliveira Paulino, guarda municipal encarregado da guarnição enviada para checar a situação e transportar a parturiente ao pronto-socorro (se houvesse tempo). “Pedi para o meu parceiro já acionar o Resgate Municipal e entrei na casa para me interar da situação”, contou Oliveira Paulino.
Lá fora pelo rádio da viatura, o guarda municipal Cristiano Silveira dos Santos solicitava o Resgate Municipal (operado pela Defesa Civil – órgão que também faz parte da Secretaria de Segurança de Barueri) quando ouviu os gritos de Oliveira Paulino: “Silveira, Silveira, tá nascendo”.
Silveira entrou e auxiliou seu companheiro no parto de Pedro Paulo. “A criança já saiu berrando”, disse Oliveira Paulino. “Em seguida o Resgate chegou, cortou o cordão umbilical e os levou para o Pronto-Socorro Municipal”, narrou Silveira.
Visita
Na terça-feira, 15, os guardas municipais, antes de assumirem seus serviços, retornaram novamente ao endereço do parto. Mas o motivo desta vez era apenas conhecer com mais calma o bebê de apenas quatro dias.
Os guardas também conheceram o restante da família, os irmãos mais velhos de Pedro Paulo: Ana Júlia (10 anos), Ednílson Filho (6), Ronaldo (4) e Alexandre (quase 2). “Todos nasceram normalmente no hospital”, rememorou o pai. “Que desespero foi desta vez.”
“Eu tinha muito medo de ganhar o Pedro Paulo sozinha”, comentou Flávia, após amamentar o menino. “Serei eternamente grata à Guarda de Barueri pelo socorro que recebi naquele dia. Nunca teria como pagá-los”, disse
Preparação
Na verdade, a gratidão é nobre e sempre bem-vinda, mas prestar auxílios como este, ainda que poucas vezes, faz parte das atribuições da Guarda Municipal. Todo o efetivo da corporação recebe regularmente cursos de qualificação profissional, além de passar por avaliações internas de desempenho e por pesquisas de satisfação com a população.
“Quando criei a Guarda Municipal em meu segundo mandato como prefeito de Barueri, idealizei uma força policial que reforçasse a segurança de nossa cidade, mas sempre com caráter comunitário, ao lado de nossa população”, explica o prefeito Rubens Furlan. “Casos como este me deixam muito emocionado, porque confirmam o quanto investimos sempre pensando no bem estar do cidadão de Barueri. Estou muito feliz, e pretendo fazer uma visita ao pequeno Pedro Paulo”, prometeu Furlan.
