VOTOS, ERROS, ACERTOS E MAIS DO MESMO.

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Passada a eleição o que fica é uma profunda sensação de incredulidade por alguns resultados alcançados e pela ingenuidade das autoridades responsáveis por gerir o processo eleitoral brasileiro.

Analiso especialmente o resultado aqui no Rio de Janeiro. A chegada de Gabeira ao segundo turno foi sem dúvidas uma surpresa bem recebida e um acerto da população carioca que já está cansada da mesmice e do discurso fisiologista e salvador da pátria de alguns candidatos. A “ascensão”, que absolutamente não ocorreu, foi fruto de pesquisas altamente tendenciosas e claramente voltadas para influenciar o eleitor para votar nos candidatos de sempre. Fato esse facilmente verificado quando analisamos que algumas pesquisas tiveram como base pesquisada 800 pessoas.

Num universo de milhões de eleitores, tentar-se vender uma posição “realista” baseada na opinião de 800 pessoas é ridículo e comprova a clara tendenciosidade das pesquisas. Além disso, a margem de erro sempre elevada em todas as pesquisas (de três por cento ou mais) indicava claramente essa realidade; pois era uma forma dos institutos tentarem “sair de fininho” (sic) se a “surpresa” se confirmasse.

Os erros foram as reeleições de Núbia Cozzolino, envolvida com flagrantes de corrupção e em vários processos que levou em primeiro turno e de Aparecida Panisset em São Gonçalo; constantemente acusada de abandonar a cidade em todo o seu período de governo; mas que foi beneficiada pelas obras do PAC e do Pólo Petroquímico de Itaguaí. Além de outros casos pelo interior do Estado. O que me faz sentir uma certa revolta pela incapacidade do eleitorado brasileiro em entender que a realidade de miséria em que está imerso é culpa única e exclusiva dele mesmo.

A ingenuidade do pessoal do TSE e do TER chegou a ser criminosa ao acharem que apenas a presença temporária e itinerante das forças armadas nas comunidades dominadas pelo tráfico seria suficiente para vencer o medo e impedir a coação dos eleitores. O morador sabe que, após as eleições, as tropas vão embora e ele ficará a mercê do tráfico e das milícias novamente. Além disso, tem o profundo conhecimento de que a derrota dos candidatos desses grupos, seria retaliada com perseguição, sangue e lágrimas. O resultado óbvio é que se excetuando um; todos os candidatos ligados ao crime foram eleitos.

O caso mais grave, o de Claudinho da Academia na Rocinha, teve ainda o requinte de ser resolvido com uma declaração do próprio investigado (?) informando que o “homônimo perfeito” que tinha uma vasta ficha criminal não era ele. Sendo imediatamente habilitado para concorrer à eleição pelo TER e pelo TSE. Sem que os organismos policiais e eleitorais efetuassem sequer uma simples investigação das impressões digitais; por exemplo. Como diria um amigo meu: “Assim fica fácil”.


Enquanto nossas autoridades acharem que o direito individual de concorrer a uma vaga, suplante o direito coletivo de proteção da sociedade de elementos perniciosos; o crime encontrará sempre nas eleições um porto seguro e uma forma eficiente de se fazer presente e atuante. Eliminar a expressão – “absolvido pelas urnas” – de nosso vocabulário político; deve ser uma tarefa de todos e uma meta a ser batida o mais rapidamente possível.

Um caso a parte foi à eleição da filha mais velha do casal Garotinho para a Câmara de Vereadores carioca. Em nenhuma de suas aparições ela indicou qualquer projeto e qualquer plataforma política. Em seus programas de televisão, apenas seu pai falava por ela. Mesmo assim, foi uma das mais votadas para o cargo. Na fila de votação, ouvi uma estudante dizer que votaria nela porque “adorou suas bandeiras e suas roupas na cor rosa”. Perguntei se ela sabia do mal que os pais dessa candidata fizeram ao Estado e que respondiam a vários processos por corrupção e que ele não tinha qualquer plataforma ou projeto e fui respondido com um sonoro: “Isso não me interessa. Eu não ligo para política”.

Agora, cabe-nos apenas torcer para que nesses próximos quatro anos, nosso povo amadureça mais e aprenda a importância de acompanhar a atuação dos políticos e aprenda a votar de forma consciente e lúcida. Não levando em consideração cores de qualquer natureza ou beleza física. Mas sim, propostas sérias e a retrospectiva de vida de cada candidato.

E, ao fim disso tudo; torcer para que no segundo turno ganhe o candidato que seja capaz de tirar nossa cidade do atoleiro que a administração equivocada e ineficiente de César Maia a lançou.

Que vença o melhor para a cidade.

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