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Quando éramos crianças, sempre nos deparávamos com situações em que ficávamos brigando para ser o primeiro em alguma coisa. A criançada gritando “eu primeiro; eu primeiro”. É a própria expressão da imaturidade e da graça que é a simplicidade de ser criança.
Contudo, depois que crescemos, aprendemos que nem sempre podemos ser os primeiros em tudo. E, muito menos, ficar implorando para sermos os primeiros e acharmos que só nossas idéias e atitudes serão capazes de promover as mudanças necessárias no mundo que nos cerca.
Mas, vendo as campanhas dos políticos mais capacitados para efetuar um bom governo aqui no Rio de Janeiro: Fernando Gabeira, Chico Alencar e Jandira Feghali; fico pensando que todos voltaram ao tempo de criança e se portam como infantis pedintes gritando para os adultos que sacodem um pirulito: “Eu primeiro; eu primeiro…”
Campanhas mornas, propostas quase idênticas e a incompetência brutal de pessoas que, apesar de terem carisma e de serem detentores de fichas morais irrepreensíveis (exceto talvez o Gabeira com sua sunguinha de tricô (RS)); transformaram-se em presas fáceis dos políticos de sempre que sintetizam o clientelismo, o atraso e a mesmice que arrasta a cidade e o estado do Rio de Janeiro para o lamaçal em que se encontra faz tempo.
A decisão errada e totalmente equivocada de não se unirem pelo bem comum de uma coletividade, que teria muito a se beneficiar; dá a impressão clara de que todos os três se acham imprescindíveis e que suas ambições pessoais falaram mais alto do que o senso de servir a comunidade que todo político deveria ter.
Juntos; seriam imbatíveis e reuniram em torno de si todas as mentes produtivas e progressistas de nossa cidade em um movimento pela moralização e pela melhoria das condições de vida de nossa população abandonada e sofrida. Separados pelo egoísmo e pela imbecilidade infantil do “eu primeiro”; são ineficientes, inexpressivos e sequer incomodam o “status quo” reinante; povoado de pastores, políticos “de carreira” e de clientelistas fabricados.
A esquerda carioca sofre de uma doença grave e fatal para políticos progressistas: A mesmice.
Falta desapego ao cargo; falta a vontade se servir; falta empenho pessoal por um bem maior e, principalmente; falta competência para entender que suas fraquezas individuais poderiam ser enormemente diminuídas pelas qualidades de um ou de outro. Entender que unidos tem uma grande chance e que individualmente jamais chegarão a lugar nenhum; seria o primeiro estágio para compreenderem que a vitória das idéias que pregam é muito mais importante do que suas vitórias pessoais.
Mas, para isso, teriam que crescer.
Pensem nisso.
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