ESN: 16675-080201-838850-87
Que a justiça brasileira tem dois pesos e duas medidas bem diferentes para julgar os indivíduos que caem nas barras dos tribunais, todo cidadão brasileiro está careca de saber. Que uma “fala mansa”, um endereço nobre e uns carros importados na garagem fazem toda a diferença na hora de encarar “o homem da capa preta”; também todo mundo sabe.
O que agora suspeitamos, é que está sendo criada uma verdadeira rede de proteção baseada na “alegada” defesa dos direitos individuais (que nunca antes importaram tanto) para impedir que investigações de atividades de grandes financistas e de corruptores notórios tragam a tona alguma “figura honrada” de governos atuais e passados.
Mais uma vez, numa decisão que toma ares estranhos pela “zelosa” defesa de coisas que antes “passavam em branco” pelos tribunais brasileiros; a segunda turma de uma das nossas cortes supremas, mais uma vez, livra das garras da justiça alguns grandes empresários acusados de lavagem de dinheiro e de desvio de divisas. O russo Boris Abramovich Berezovsky e seus representantes, os iranianos Kiavash Joorabchian e Nojan Bedroud; além do pessoal do Corinthians que eram co-réus no processo.
Tudo porque o advogado do russo alegou que não pode “fazer perguntas” aos outros réus durante o interrogatório. Um detalhe: Tanto o russo quanto os iranianos estão foragidos desde que “assinaram um compromisso” afirmando que estariam presentes aos interrogatórios e durante o julgamento dos processos (que agora correm a revelia).
É interessante como criminosos procurados mundo a fora (são suspeitos de integrarem a máfia russa e procurados em diversos países do leste europeu); tem um tratamento todo especial da justiça brasileira que os cobre de regalias e aceita “a palavra de honra” de que ficarão aqui para serem presos ao fim do processo. Isso sem levar em consideração que eles fugiram até de suas próprias pátrias, para não serem presos, e vivem sob asilo na Inglaterra (apenas porque se apresentaram como “perseguidos políticos” do Irã e da Rússia).
O que mais revolta, é que mesmo os réus não tendo cumprindo “o acordo” e estando foragidos, ainda sim ganham regalias e gentilezas enquanto curtem no exterior a fortuna que lavaram aqui. Daria pena da inocência dos integrantes do nosso Judiciário, se não suspeitássemos que esta é mais uma das medidas que visa estabelecer jurisprudências especialmente feitas “sob medida” para a proteção futura de Daniel Dantas e sua corja de corruptos.
Acho que já passou da hora de um “aspone” qualquer, lá em Brasília; aproximar-se dos ministros do STF e do STJ e cochichar: “Chefe; já tá dando pinta!”
Pense nisso.
aspone, benefíios, dinheiro, estranho, justiça, kia, lavagem, pobres, ricos, stf, stj
a