Ministério divulga documento final de encontro da pesca amadora

O Brasil tem condições de se tornar um dos paraísos da pesca amadora mundial, já que conta com uma extensa rede hidrográfica

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) está divulgando a partir deste início de ano o documento final do I º Encontro Nacional da Pesca Amadora, realizado em setembro de 2010 na capital federal. O documento, elaborado com a participação diferentes setores representativos da pesca amadora, contribuirá para que o governo federal estabeleça de forma mais apropriada as políticas públicas para o setor.

“O Brasil tem condições de se tornar um dos paraísos da pesca amadora mundial, já que conta com uma extensa rede hidrográfica – aproximadamente 12% da água doce do planeta – e com um litoral exuberante e imenso, de mais de 8.500 km de extensão, além de espécies de peixe de grande atratividade”, lembra Carlos Alexandre Gomes de Alencar, da diretoria do ministério.

A atividade, desde que estruturada em bases sustentáveis, torna-se uma importante alternativa econômica para regiões como a Amazônia, o Pantanal e o Nordeste.

A publicação, disponível na Internet para todos os interessados (www.mpa.gov.br/pesca/pescaamadora), reflete os rumos que os representantes do setor desejam para a pesca amadora no País.

O Iº Encontro Nacional da Pesca Amadora contou com a participação de delegados de todos os estados brasileiros. Marcaram presença mais de 200 representantes da pesca amadora de diversas modalidades, autoridades, cientistas e profissionais da cadeia produtiva do setor, relacionados ao turismo, ao comércio e à indústria.

Temas prioritários

No I º Encontro Nacional da Pesca Amadora, os delegados participaram de quatro grupos de discussão. Um dos grupos abordou as questões relativas ao ordenamento pesqueiro e ao marco regulatório. Outro discutiu o fortalecimento das representações e organizações do setor, bem como o monitoramento, o controle e o registro da pesca amadora (licença).

Um terceiro grupo tratou de dois temas: formação profissional e promoção e divulgação da pesca amadora. Um grupo à parte abordou pesquisa, tecnologia e inovação, promoção comercial e linhas de crédito. As principais propostas, após as discussões iniciais, foram levadas para apreciação em plenário.

Potencial brasileiro

A pesca amadora é uma importante mola propulsora do turismo e da geração de emprego e renda em países como os Estados Unidos, o Canadá, a Argentina, o Chile, a Costa Rica e a Nova Zelândia. Nos Estados Unidos, o PIB gerado pelo setor supera largamente o da pesca comercial naquele país.

O Brasil tem tudo para figurar como grande estrela neste cenário. Além dos atrativos naturais, conta com uma enorme diversidade de espécies interessantes para a pesca esportiva. Este é o caso do tucunaré da Amazônia, do dourado das bacias dos rios Paraná e São Francisco, assim como dos grandes marlins, atuns e olhos de boi que ocorrem no Atlântico.

A partir das conclusões do encontro, o MPA pretende elaborar propostas e políticas que dinamizem o setor. O trabalho também vai procurar harmonizar a pesca amadora com as atividades que necessariamente compartilham os mesmos recursos, como a pesca artesanal, a pesca industrial e a aquicultura.

Na prática, as proposições do encontro já estão sendo aprofundadas. No último dia 17 de dezembro se reuniu em Brasília, pela primeira vez, o grupo técnico da pesca amadora (GT/Pesca Amadora), vinculado ao Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (CONAPE). Este grupo de trabalho foi criado em dezembro passado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura. O grupo técnico é integrado por 15 pessoas. Quatro membros são do CONAPE, três representam o ministério, dois a comunidade científica e seis as diferentes modalidades da pesca amadora. A segunda reunião do GT já está marcada em Brasília para hoje, quinta-feira, dia13 de janeiro.

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