EDUCAÇÃO, ERROS E ERROS.

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Se você perguntar a um político brasileiro qual é a solução para os problemas de violência e de carência de mão-de-obra especializada; dez entre dez responderão em uníssono: “Investir em educação”.

Mas então, por que a educação brasileira é uma das piores do mundo? Por que nossas escolas trabalham com níveis ridiculamente baixos de eficiência e o número de analfabetos funcionais é cada vez mais alto? Por que muitos jovens chegam ao fim do segundo grau (nível médio) sem serem capazes de interpretar um texto de mais de cinco linhas e, totalmente, desprovidos de uma desenvoltura mental que os capacite a viver num mundo profissional de alta performance?

A resposta para essas perguntas é simples e conhecida por muitos leitores: “Um povo que não pensa pode ser facilmente conduzido e manipulado”.

E vemos isso a cada eleição; a cada escândalo; a cada maracutaia e a cada evento que, em qualquer outro país do planeta, geraria um movimento popular avassalador. E, por aqui, no máximo gerará um burburinho morno da parte de uma “elite” pensante.

Então aparece o presidente Lula. Que se anuncia iletrado (mas que não o é verdadeiramente) e diz que contratará professores e técnicos para “dar um salto” na educação brasileira. Muito bom! E todos pensamos: “Agora vai!”.

Mas a realidade por trás dessas contratações gigantescas (mais de 10 mil professores e 8.239 técnicos); é muito mais cruel do que o simples descaso. É o erro estratégico e o enorme gasto público com o setor educacional errado.

Hoje, excetuando-se determinadas áreas, a carência de pessoal com nível universitário é baixa. Em inúmeras cadeiras, há um excesso de formandos e um acúmulo de cursos que formam apenas desempregados qualificados. Nossa indústria e nossos setores de agricultura e de serviços sentem a falta enorme de uma mão-de-obra de nível técnico e que tenha capacidade de “pegar no batente” rapidamente. Sobram vagas e faltam trabalhadores com essas qualificações.

Por que? Também é muito simples: Péssima formação de base, que impede que muitos alunos evoluam em sua vida acadêmica. Falta gritante e desesperadora de vagas nas mais variadas carreiras da área técnica e total ausência de um planejamento para suprir essas necessidades em um curto prazo.


Então por que, ao invés de criarem-se vagas nas universidades, que formarão jovens para daqui a cinco ou dez anos (de acordo com o cronograma de implantação); não se monta um grande “esquema” de abertura de vagas de nível técnico que formarão legiões de profissionais em dois ou três anos?

Em paralelo a essas medidas, por que não se determina um grande plano de reestruturação e valorização da educação de base com o nível mínimo deixando de ser o primeiro grau e passando para o segundo?

Por que não se promove a exigência de diplomas de mestrado e doutorado (ou mesmo de licenciatura) para todos os níveis educacionais? Por que ainda temos de conviver com professores que sequer são formados (professor leigo)?

Por que deixar para investir na educação de base apenas o dinheiro oriundo do “pré-sal” que só estará disponível (se vier) daqui a vinte ou trinta anos?

Você leitor pode achar que “eu quero demais”. Que falta dinheiro ou qualquer outro motivo banal e corriqueiro que todo político traz na ponta da língua. Mas uma coisa é muito fácil de comprovar. A pouco mais de cinqüenta anos, economias como o Japão; a Coréia do Sul; a China; a Índia e diversos outros países que caminham com passos largos e firmes a nossa frente, estavam completamente destruídos por guerras ou por conflitos internos.

Como eles mudaram?

Não é segredo para ninguém: Fizeram isso que eu disse: Escola integral. Base forte. Nível médio obrigatório e forte inclinação para a área técnica. Só depois é que se pensou em universidades (que são a seqüência lógica da formação técnica).


Aqui, gastamos bilhões de reais com estruturas inchadas, funcionários ineficientes, professores de baixíssima qualificação, materiais didáticos repletos de erros crassos e o pior de tudo; gastamos no “fim de linha”, quando deveríamos começar da “base da pirâmide” e garantir estudantes de alta capacidade mental e de conhecimentos completos.

Mas, se é assim tão simples; por que não se faz aqui como se fez nesses outros países?

Ah! Essa resposta é mais fácil do que as outras. Por aqui o “quanto pior melhor” ainda é um pensamento que agrada a uma grande parte de nossa classe política. O povo, por sua vez, cumpre sua parte do “acordo” submetendo-se a tudo calado e “feliz”. Aceita as migalhas que lhe são atiradas; tanto na educação quanto na saúde, como se dádivas concedidas por deuses magnânimos fossem. E, das quais, ele se acha indigno e devedor eterno.

Pense nisso.

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EDUCAÇÃO, ERROS E ERROS.

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