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Em junho, foram criados, na cidade, 1573 novas vagas com carteira assinada
A geração de empregos continua crescendo em ritmo acelerado em Osasco. Durante o mês de junho, foram criadas 1573 vagas com carteira assinada na cidade, um crescimento 58,7% superior ao registrado em maio, quando foram abertos 991 postos.
Os dados são do Observatório do Trabalho de Osasco, parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão (SDTI) da Prefeitura e o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos) que faz uma análise mensal do mercado de trabalho na cidade.
O destaque do levantamento, realizado com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, foi o setor da Administração Pública, com saldo de 846 postos de trabalho formais. O setor do Comércio foi a segunda atividade com o segundo melhor saldo (312 novos postos), seguido do setor de Serviços, que produziu um saldo de 309 postos, conforme tabela abaixo
“Com o bom desempenho de junho, Osasco mantém a trajetória de resultados positivos nos últimos 12 meses, com exceção do mês de dezembro. Além disso, o resultado é 117,2%, valor superior a todos os meses a partir de dezembro de 2005”, explica a secretária de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão de Osasco, Dulce Helena Cazzuni.
Perfil do mercado
O Observatório também traçou um perfil detalhado do mercado de trabalho, mas desta vez tendo como base os dados do Caged de maio, que têm base mais completa que os de junho, cujos dados disponibilizados pelo ministério reverem-se apenas aos saldos de vaga e setores.
O nível de ocupação teve crescimento de 6,2% entre maio de 2007 e de 2008. O setor de serviços criou 240 mil novos postos (5,2%); a indústria 221 mil novos empregos (14,5%) e no agregado de “outros setores” (que inclui a Construção Civil e Serviços Domésticos principalmente) houve variação positiva de 3,4%, gerando 33 mil ocupações. No comércio houve crescimento no número de novos postos da ordem de 33 mil, elevação de 2,3% em comparação com igual mês de 2007.
“Nota-se que o crescimento dos saldos acumulados entre os períodos de junho de 2006 a maio de 2007, bem como junho de 2007 a maio de 2008, em termos relativos, foi superior em Osasco quando comparado com a movimentação do mercado de trabalho do Brasil, da região Sudeste e do Estado de São Paulo. Enquanto o país acumulou nesse intervalo uma variação positiva de 27,7%, a região Sudeste de 24,7% e São Paulo 30,4%, no município de Osasco essa variação foi de 84,6%”, explica a secretaria.
O levantamento aponta ainda que, considerando os subsetores de atividade econômica, o principal empregador foi o subsetor de Serviços Técnicos Profissionais (19,2%), tomando o lugar da administração pública.
“Quanto ao nível educacional, o mês de maio mostrou predominância nas contratações de trabalhadores com maior nível de escolaridade, concentrando-se naqueles com 2º grau completo (32,3%). Assim como em outros períodos, maio foi um mês positivo para os jovens entre 18 e 24 anos, que preencheram 46,6% das vagas de emprego formal surgidas em Osasco”, analisa a secretária.
No que se refere ao tamanho dos estabelecimentos, houve manutenção da tendência de geração de maiores saldos positivos nas contratações entre os grandes (acima de 1000 empregados) e os micro estabelecimentos (até 4 empregados), com, respectivamente, 288 e 264 novos postos criados.
O levantamento também aponta que o assalariamento cresceu 9,3% entre maio de 2007 e de 2008, sendo que o setor privado apresentou maior crescimento (9,9%) que o setor público (3,7%).
O movimento de ampliação dos postos de trabalho foi favorável a ambos os sexos, com uma pequena vantagem para as mulheres, que conseguiram preencher 547 (55,2%) das 991 vagas criadas. “No período de junho de 2006 a maio de 2007 as mulheres ocuparam 55,8% das novas vagas. Nos doze meses seguintes houve ligeira inversão dessa tendência, favorecendo os homens, que ocuparam a ocupar 52,6% do total de vagas. No período analisado, o aumento do saldo de empregos para os homens foi de 2,19 vezes, enquanto para as mulheres foi de 1,57 vezes”, analisa a secretária.
O levantamento mostra ainda que, segundo os níveis de rendimentos, a geração de empregos concentrou-se nas faixas de renda entre 1,01 e 4 salários mínimos.
Osasco é modelo nacional de municipalização do trabalho
A cidade de Osasco é hoje um modelo nacional em termos de municipalização das políticas públicas de trabalho, emprego e renda. O tema foi abordado pela secretária de Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão da Prefeitura de Osasco, Dulce Helena Cazzuni, em entrevista ao programa Eclético Mania, apresentado por Euds Ricardo, e que vai ao ar pela TV Osasco (canal 22 da Net).
Segundo Dulce, Osasco faz parte de um grupo de 32 cidades brasileiras que municipalizaram essas políticas públicas. “E esse é o caminho. É a prefeitura quem sabem quais são as dificuldades e necessidades de sua população e, por isso, é quem deve prestar esse serviço”, destacou.
“Também somos um modelo nacional por darmos conta não só do que a lei obriga, mas ainda de buscar saídas para trazer mais empresas, empregos e dar qualidade de vida à população”, acrescentou.
Ela também destacou o trabalho realizado nas unidades do Portal do Trabalhador de Osasco, serviço gratuito que reúne, em um só local, cadastramento de vagas, encaminhamento para emprego e inscrições para programas sociais. “Atendemos desde os beneficiários do Bolsa Família até as grandes empresas, sempre estimulando o desenvolvimento do município”.
Outro ponto salientado por ela foi o Observatório do Trabalho, criado na atual gestão. “O observatório analisa o mercado de trabalho mensalmente, o que permite um planejamento das ações nessa área. Além disso, é muito importante estarmos atualizados sobre um setor que está em constante mudança”, afirmou
Dulce também destacou que a secretaria possui projetos concretos não só na área do trabalho, mas também da inclusão social. “Olhamos o trabalho como um direito e como forma de emancipação do munícipe. É um outro foco, determinado pelo prefeito Emidio de Souza, bem diferente do que já foi feito em outras gestões”, salientou.
