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Todo mundo assistiu a mais uma brilhante intervenção da Polícia Federal ontem (08/07). Os policiais prenderam a corja de sempre. Aquela que sempre escapa devido aos meandros e conchavos que nossas leis permissivas oferecem. Aqueles que sempre se beneficiam por um “Habeas Corpus” bem colocado e emitido a qualquer hora; do dia ou da noite. Quando qualquer cidadão comum sabe que para se encontrar um juiz numa hora “imprópria” é sempre algo dificílimo. Mas, para eles, bastou à notícia correr que sempre um juiz “zeloso” em defender “os direitos do cidadão” aparece prontamente “brotando do chão”.
As leis, em nosso país, são criadas visando à facilitação da liberdade do grande criminoso. Seja qual crime for que você tenha cometido; se tiver dinheiro suficiente, às portas da cadeia não tardarão a se abrir. Muitas delas são criadas tendo como único intuito facilitar a vida do colarinho branco e de funcionários públicos corruptos. Sempre há um dispositivo, um recurso, uma brecha ou uma passagem por onde um advogado bem pago pode avançar e garantir a liberdade do “empresário bem sucedido” ou de “Vossas Excelências”.
Paralelamente a isso, a polícia e a população mais esclarecida, anseiam por uma solução para o eterno problema da corrupção em nosso país. Enquanto se mostram indignados com tanta roubalheira e ineficácia da justiça; são esbofeteados a cada dia com o riso sarcástico dos corruptos e ladrões que saem da prisão apoiados pelos recursos judiais intermináveis.
Os criminosos, antigamente, escondiam o rosto e sentiam-se humilhados ao serem filmados durante a sua prisão. Hoje, eles sequer permitem a entrada da polícia em suas casas mediante a apresentação do mandato para sua prisão. Cumprimentam e apertam as mãos do oficial que vai prendê-los (afinal, já são velhos conhecidos). Ao serem presos, sorriem e mostram suas caras lavadas e tranqüilas. Certos de que contarão com o beneplácito do judiciário e com a fraqueza proposital das leis ou com aquele “amigo” em posição estratégica e regiamente pago.
No caso da operação realizada ontem (08/07), o caso é ainda mais grave. Pois um dos presos; o banqueiro Daniel Dantas tentou subornar um dos delegados com um milhão de reais. E, seus emissários, disseram claramente que a preocupação do banqueiro era com a “primeira instância”. Já que no Supremo Tribunal Federal e no STJ ele “se garantia”.
Num país sério, imediatamente as duas Cortes Supremas estariam sob investigação e sob suspeição. Pois fica claro, até para mim que sou um “reles” cidadão leigo, que é impossível um esquema de tamanha envergadura se manter; sem que tenha havido apoio de juízes das mais altas cortes e funcionários das mais altas esferas da administração pública. Dando sempre um suporte valioso. Quanto aos políticos nem é necessário mencionar. Um ex-deputado já apareceu fazendo lobby durante as investigações.
O mais grave de tudo; é que pouco tempo depois das prisões (e após as declarações divulgadas sobre o domínio exercido por Daniel Dantas nas Cortes Supremas Brasileiras), o presidente do STF vem a público e se mostra indignado pelo fato das prisões terem ocorrido e o “constrangimento” que aquelas pessoas passaram ao usarem algemas. No que chamou de “Estado Policial”.
Ora! Caro ministro. Se não queriam usar algemas; que não roubassem. O Judiciário brasileiro tem que deixar essa postura imbecil de que o ladrão de galinha é um safado. E o criminoso milionário um coitado. LADRÃO É LADRÃO. Tanto faz se roubou “1 mil ou 1 milhão”. Enquanto o ministro se mostra indignado pelo fato de ladrões contumazes usarem algemas, três bilhões de reais saíram pelo ralo do país e foram parar em paraísos fiscais.
É, pelas declarações do ministro, parece que Daniel Dantas sabe mesmo o que diz.
E você; o que pensa disso?
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Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
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