ESN: 16675-080201-838850-87
Todo esse lamentável episódio envolvendo o Exército Brasileiro no Rio de Janeiro e a repercussão dos fatos, só provoca em nós uma dúvida: A quem interessa desmoralizar as Forças Armadas Brasileiras?
Certamente, as elites criminosas teriam grande interesse nisso. E quando menciono “elites criminosas” não me refiro a nenhum jargão revolucionário pseudo-socialista. Refiro-me especificamente as grandes famílias mafiosas que habitam as mansões e as coberturas da Barra, do Leblon, de Ipanema, etc…
Ninguém mais pode pensar que um “moleque de morro”; nascido e criado na favela; que mal sabe falar o português e não pode nem passear fora da favela se não é capturado ou morto pela polícia e por bandidos rivais é o responsável por todas as drogas e armas que rolam nas nossas cidades. Se você ainda tem essa ilusão; desista dela.
Muita “gente boa” que freqüenta colunas sociais e revistas de celebridades está envolvida até o pescoço com esse submundo sujo e violento. A hipocrisia reinante; a corrupção generalizada e a falta de inteligência de algumas autoridades fazem com que eles sempre se safem.
Ninguém tem dúvidas de que o ocorrido no Morro da Providência foi algo desastroso e abominável. Porém, como numa guerra de propagandas e de terrorismo, é necessário que estejamos preparados para observar a cena de vários ângulos. Os jovens mortos tinham envolvimento com o tráfico; dois deles inclusive tinham fichas sujas na polícia. Devemos também levar em conta que o habitante da favela vive em um mundo à parte. Ele deve obedecer às determinações e aos desejos de seus proprietários: Os traficantes.
Sempre vemos manifestações, balbúrdias e a famosa acusação contra a polícia: “Eles sempre entram atirando”. Quando na realidade sabemos muito bem (e os programas policiais sensacionalistas trouxeram as provas que faltavam sobre isso, ao transmitirem diretamente dos locais de conflito) que os bandidos é que começam os tiroteios; muitas vezes antes mesmo da polícia começar a subir o morro ou penetrar na favela.
Um fato isolado cometido por um imbecil fardado, não pode denegrir a imagem de uma instituição que presta serviços enormes ao nosso país. É claro que se observando as entrevistas dadas por moradores, TODOS se mostram unânimes em pedir o afastamento do Exército e de qualquer outra força de repressão da área.
A questão principal é: Por que os traficantes têm esse poder tão grande?
A resposta é simples: Corrupção.
Sempre tivemos políticos envolvidos com o tráfico. Nesse último caso, surgiram denúncias de que um assessor do Senador Marcelo Crivella havia negociado com os traficantes locais o início das obras. Sem considerarmos isso, temos as próprias localizações das “bocas de fumo”. Todo mundo sabe onde ficam. Os viciados e a polícia. Como podem, então, funcionarem? A resposta é imediata: O famoso “acerto”.
Todo esse aparato político e institucional que vive e se alimenta da corrupção, exige que nosso último bastião de defesa; as Forças Armadas sejam destruídas moralmente e que a opinião pública veja no militar; um inimigo. Por isso mesmo, protagonizam essas formas sutis de descrédito como o desaparelhamento, a falta de recursos, a limitação drástica e não justificada de efetivos e o abalo moral.
Seja lá como for, enquanto nossos políticos não compreenderem que se faz necessária uma reformulação imediata e profunda em nossas polícias. Com a perda de praticamente dois terços de seu efetivo para se purgarem os corruptos; nada mudará.
Eles devem entender primeiramente que se beneficiar da bandidagem é contraproducente e, mais tarde, poderá reverter-se contra eles mesmos na forma de um descontrole social. Países como a Bolívia, Colômbia e outros já passaram por isso e sofrem até hoje com essa influência perversa.
Pense nisso.
aeronáutica, badidagem, exército, janeiro, marinha, morro, políticos, providência, rio, tráfico
****************************************
Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
ESN: 16675-080201-838850-87
É proibida a reprodução do todo em de parte sem a expressa autorização do autor.