Por Maria José Favarão
O educador Anísio Teixeira afirmou que, depois do professor, nenhum outro elemento é tão fundamental no complexo da situação educacional quanto o prédio e suas instalações. Em Osasco, estamos desenvolvendo uma arquitetura racional e integradora, como mostram os prédios escolares reformados, inaugurados e projetados.
A administração municipal está inovando na arquitetura de suas escolas, cujas obras dialogam harmonicamente com as comunidades externa e interna. É o que revela o projeto da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI), do Jd. São Pedro, construção iniciada em 16 de fevereiro, e o da antiga escola de lata Osvaldo Gonçalves de Carvalho, no Rochdale, que será totalmente reconstruída. (Veja maquetes eletrônicas anexas). As construções incorporam os aspectos pedagógicos, a integração da comunidade, a utilização do espaço externo e interno.
De acordo com o arquiteto Dante Ozzetti, mesas, bancos e janelas serão projetadas, na altura das crianças, para que elas tenham uma relação com o que está acontecendo do lado de fora. Além disso, os elementos arquitetônicos são pensados de forma a procurar sempre um diálogo com a criança e seu universo. Há uma preocupação em destrinchar as relações entre arquitetura, educação e comunidade. Tudo isso pensando sempre no aprendizado, pois como foi destacado pela Revista Educação, nº 128, de dezembro, na reportagem Educação Integral versus o Puxadinho, o espaço não é neutro, sendo um elemento didático, que carrega e fala sobre a relação da escola e da sociedade, sobre a relação dos alunos entre si e professores, sobre a relação de diferentes pedagogias.
Também está em andamento a construção de dois Centros Educacionais Unificados (CEUs), em regiões de vunerabilidade social, esquecidas em outras gestões administrativas, os quais ficarão abertos para a comunidade local, aos finais de semana, podendo atender até 3 mil pessoas cada um. As obras do CEU Jd. Elvira tiveram início em dezembro do ano passado e as do CEU Santo Antonio, em 13 de maio.
Até o momento, foram inauguradas, reformadas e ampliadas cerca de 100 unidades escolares. Nas reconstruções, reformas, ampliações e adequações dos espaços, as escolas municipais estão passando por pintura externa e interna, revisão geral nas instalações hidráulicas e elétricas, na cobertura e nos sanitários, bem como troca de piso, reforma nas cozinhas, nos playgrounds, nas salas e nas quadras esportivas, construção de solários, mais classes, salas de arte, de leitura, multiuso, biblioteca, brinquedoteca, bem como acessibilidade e sanitários adaptados para pessoas portadoras de deficiência. Também há instalação de luminárias mais econômicas e eficientes, reformulação da área administrativa e da direção, instalação de cobertura em polibicarbonato na entrada de unidades e paisagismo.
Entre as escolas entregues este ano, vale destacar a EMEF Benedicto Weschenfelder, no Jd. Piratininga; a EMEF Residencial São Francisco, no Olaria do Nino; a EMEI Alberto Santos Dumont, no Jd. Padroeira, a EMEF Pasto Josias Baptista, no Jd. Imperial, e a EMEF Oneide Bortolotte, no Jd. Santa Rita de Cássia, totalmente reconstruída, ganhando destaque no jornal SPTV, da Rede Globo, nos dias 13 e 26 de fevereiro.
Paralelamente à utilização racional do espaço escolar, a Secretaria de Educação de Osasco está incorporando em toda a rede municipal de ensino o conceito de Escola-Cidadã, com a assessoria do Instituto Paulo Freire e o Programa de Educação Inclusiva (PEI), com a Associação Mais Diferença, onde o diálogo e o debate democrático fazem parte da construção do projeto eco-político-pedagógico (PEPP) das escolas.
O que está acontecendo hoje em Osasco é a concretização de um sonho com forma e conteúdo e prenúncio de que vamos colher ótimos frutos no futuro.
* Maria José Favarão é secretária de Educação de Osasco e ex-vereadora do PT (200/2004)