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Você duvida que milhões de judeus foram mortos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial?
Se duvida; como explicar as pilhas de cadáveres esquálidos encontrados nos campos de concentração? Se duvida; como explicar as imagens gravadas pelas tropas aliadas ao libertarem os campos de extermínio; que mostram seres humanos à beira da loucura, nus e que mal podiam ficar de pé? Se duvida; como explicar as tatuagens nos braços das milhares de pessoas sobreviventes e que, em alguns casos, ainda vivem e sofrem ao lembrarem-se de sua história de sofrimento e dor? Se duvida, como explicar os documentos com estatísticas, ordens de deportação, execução e de limpeza étnicas cuidadosamente arquivadas pela fenomenal máquina burocrática nazista e que foram mostrados durante o Julgamento de Nüremberg?
Você duvida que os atentados de 11 de setembro aconteceram?
Se duvida; como explicar os milhares de mortos que têm seus nomes ditos a cada aniversário da tragédia? Se duvida; como explicar a dolorosa situação das milhares de famílias enlutadas que choram até hoje a perda de seus entes queridos? Se duvida; como explicar os problemas psicológicos e físicos que acometem os sobreviventes e incapacitaram centenas de pessoas para o trabalho nos EUA?
É incrível, mas tem gente que duvida.
Uma dessas pessoas é o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad. Segundo ele, tanto o Holocausto como os atentados de 11 de setembro são invenções das “grandes potências” para justificar o massacre de povos mais fracos.
O Irã como uma ditadura teocrática fanática tem certa razão. É claro que os acontecimentos foram usados como ponto de apoio nas campanhas de invasão do Afeganistão e do Iraque. É claro que os EUA usaram de dados falsos para apresentar sua demanda contra esses países e devem ser condenados por isso.
Contudo, a ridícula postura do presidente iraniano de negar tanto o Holocausto como os atentados. Isso é, além de infantil, uma imbecilidade sem tamanho. Ele diz que as vítimas dos atentados nunca tiveram seus nomes divulgados. Primeiramente, é preciso saber qual o canal de TV ele assiste; qual jornal lê e em que dimensão do tempo e espaço ele pensa habitar. Pois desde o dia dos atentados, a cada aniversário, é feita uma cerimônia no “Marco Zero” onde são lidos os três mil nomes das vítimas. Seriam esses nomes fictícios? Seriam as mães; os pais; os irmãos; as esposas e os amigos que choram e sofrem nessas cerimônias atores contratados por Bush?
Seriam os cadáveres mostrados nos filmes dos campos de extermínio alemães bonecos de pano construídos para forjar as imagens? Seriam os milhares de sobreviventes atores pagos, “a peso de ouro”, ininterruptamente durante mais de 60 anos para manterem essa farsa grotesca?
Mesmo sendo verdade que os EUA manipularam dados e informações para justificar suas próprias atrocidades, mesmo assumindo que a “Gang de Bush” joga pesado; é uma insanidade e uma besteira sem tamanho um chefe de estado falar uma baboseira como esta.
É certo que o presidente iraniano é um mero fantoche dos Aiatolás, os verdadeiros poderosos no Irã. Mas negar verdades históricas tão evidentes quanto essas é como negar que a terra seja redonda. É tentar afirmar que o ar que respiramos é feito de gelatina.
O fanatismo, o ódio gratuito e a insanidade de algumas lideranças políticas mundiais são os fatores preponderantes para que a vida na terra esteja sempre em risco. Famintos pelo poder e desejosos de impor sobre todos suas noções deturpadas de “certo e errado”; esses falsos líderes vomitam asneiras tentando negar o inegável e calar a voz de milhões de vítimas através da poeira dos tempos.
Seja oriental ou ocidental; seja cristão ou muçulmano ou de qualquer outra denominação religiosa; a verdade é que o fanatismo e o fundamentalismo religioso são concepções totalmente erradas de pensamento. Cada um deve ser livre para agir como quiser. Cada um deve ser livre para abraçar a fé e adorar o Deus que achar melhor. Desde que não prejudique o seu próximo.
O conflito árabe-cristão-judaico é tão absurdo e sem sentido, que todos adoram o mesmo Deus. Têm a mesma base religiosa como origem. Têm o mesmo profeta principal (Moisés e Abraão). Rezam para os mesmos anjos e temem os mesmos demônios. A briga consiste apenas em preceitos diferenciados de como fazer isso ou aquilo.
A realidade, é que os políticos falam e fazem suas besteiras e depois, o pobre povo é que sofrerá as mais graves conseqüências por esses atos impensados. Um entendimento e um convívio harmonioso entre as nações não é um sonho impossível. Basta apenas que cada um ceda um pouco em suas posições.
Afinal; como disse Gandhi: “Olho por olho; e o mundo acabará cego!”
E você leitor, o que pensa disso?
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Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
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