Maria das Neves

Marias das Neves é a minha mãe. Se hoje escrevo e recito poesias, devo muito disso a ela. Quando era menino, ela sempre contava os casos do “Norte” pra nós, casos que ouvia no seu tempo de menina na Fazenda do Espinho, no município de Santo Antonio do Salto da Onça, no Rio Grande do Norte. O caso narrado por ela neste vídeo, é o caso das irmãs tatibitates o qual foi brilhantemente recolhido e registrado por Câmara Cascudo. Espero que vocês divirtam-se com o falar da minha mãe.

Um detalhe: há muitas versões para este pequeno conto. Na Bahia, por exemplo, a dona Rosa, que é a mãe da minha mulher conta dessa maneira. Tanto a minha mãe como a dona Rosa em vez de pronunciarem a expressão tatibitate, dizem fanhas.

Eram quatro irmãs fanhas. A mãe delas ia sair e disse pras filhas não falarem com ninguém, porque se falassem não casariam. Acontece que perto da casa delas, tinha um rapaz muito curioso. Assim que viu a mãe indo longe, aproximou-se e bateu na porta dizendo que estava com muita sede. Maria que era a mais velha abriu a porta e o moço pediu-lhe uma quartinha com água e deixou-a cair.

“Ih, Maria, quebrou a quartinha”, ele disse.

No que Maria de imediato respondeu:

“Que si quêbou, que si quêbásse”

A segunda irmã também falou:

“Que si quêbou, que si quêbasse”.

A terceira alertou as duas primeiras:

“Mamãe num dissi que a genti num fáiásse?

A quarta se alegrou:

“Eu cumu num faiêi, cazaei”.


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