PRAÇAS, POLÍTICOS E PROPRIETÁRIOS.

ESN: 16675-080201-838850-87

Este é um artigo especial. Ele faz parte de uma iniciativa proposta pelo Edney e que tem o nome de “Blogagem Inédita”. Onde cada blogueiro participante, deve produzir um artigo que não seja originado da imprensa “regular” ou de nenhuma fonte a não ser ele mesmo. Bem como usar imagens autorizadas ou de sua própria autoria. As fotos que ilustram o artigo abaixo, foram tiradas por mim usando um celular.

Praça Paulo Setúbal na Vila da Penha

O CAMPO E SEUS CADEADOS.

Você conhece algum dono de praça?

Você imagina que, para “bater uma bolinha” com seu filho num final de semana, você tenha que pagar pelo uso de uma praça pública?

Imagina ser proibido de transitar por uma calçada e dar uma volta enorme para chegar a algum lugar, simplesmente, por que o “dono” da praça resolveu construir na calçada por onde a população se deslocava?

Pois é, eu acho que você não conhece. Mas, na Vila da Penha – Rio de Janeiro – bairro famoso por abrigar a infância do jogador Romário, a Praça Paulo Setúbal tem dono. Fora os quiosques que se apoderaram do espaço com o beneplácito da prefeitura de César Maia; e encampados por uma vereadora “famosa” no bairro e hoje titular de uma secretaria na prefeitura do Rio, algumas pessoas que se dizem representantes autorizados dessa vereadora tornaram-se donas da praça.

Os Vestiários e a ex-calçada.

OS “VESTIÁRIOS”.

Após uma recente reforma, foi criado um campo de grama natural e o mesmo foi cercado por um alambrado. Como tal, o cuidado com o piso de grama deve ser rígido para que não seja destruído. Contudo, ao invés de um guarda municipal ou um representante da Fundação Parques e Jardins, alguns indivíduos dizendo-se “representantes” da vereadora e por ela autorizados passaram a cobrar pelo uso do campo de futebol.

Isso mesmo, para utilizar-se um espaço público, o cidadão deve pagar pelo direito que já é seu. Além disso, construíram diversos “vestiários” na calçada que circundava o campo. Pessoas idosas e deficientes, são obrigadas a caminhar ao redor da praça para irem de um lado a outro em seus deslocamentos diários.

O portão do alambrado que cerca o campo é mantido trancado com cadeados e sua abertura só é feita mediante aprovação do “responsável” e após o pagamento da “taxa” de manutenção.

Isso além de um absurdo total é contra a lei. De onde vem à autoridade que dá a essas pessoas, o poder de cobrar pelo uso de um espaço público. E o pior, TODOS optam por pagar para usar algo que foi construído com seus impostos e que deve servir a todos; e não a uma elite privilegiada que conhece (ou diz conhecer) políticos locais.

Verdade ou não, o interessante é que meses após a perpetuação dessa prática, nenhuma autoridade da prefeitura manifestou-se sobre a ocorrência. Até que ponto um político pode se arvorar em proprietário ou delegar propriedade de uma área urbana pública? A meu ver, em nenhuma hipótese. A referida vereadora, mesmo contactada por e-mail diversas vezes, em sua página pessoal e na página a câmara de vereadores, não confirmou e nem negou quaisquer dos fatos narrados aqui. Fica aberto este blog para qualquer manifestação dela. Como pode ser visto facilmente nas fotos, a tal “taxa” para manutenção do gramado serve para qualquer coisa; menos para a manutenção do tal gramado. Para onde será que ela vai?

Não é incrível?

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Texto originalmente escrito em: Visão Panorâmica
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PRAÇAS, POLÍTICOS E PROPRIETÁRIOS.

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